E depois?
Visitaremos o
Museu Militar, anteriormente designado como "Museu da Artilharia", um dos mais antigos da cidade, onde foram reunidas várias coleções de armas e outras peças de origem militar, desde 1842, no reinado de D. Maria II!
Mas acabemos, agora, primeiramente a visita ao
Museu do Azulejo! Afinal, tínhamos ficado ainda no primeiro piso...
Miro as outras divisões e depois subo a escadaria até ao piso seguinte!
Vejo a escadaria nobre do século XVIII, o Coro, a capela de Santo António, o presépio de Madredeus, a exposição permanente dos séculos XVII a XX e uma enorme coleção de azulejos com a vista panorâmica de Lisboa, antes do terramoto de 1755 [são 23(!) metros de azulejos que representam 14 km ao longo da costa do rio Tejo, desde Algés até Xabregas, impossíveis de captar apenas numa foto!]!
Divididos por várias bonitas e exuberantes salas, muitos mas MUITOS conjuntos de azulejos (e em algumas, muita talha dourada)!
Depois no terceiro piso, entro no mundo das exposições temporárias (existe também uma biblioteca, onde não entrei), desta vez dedicada à arte no oriente, representativa da circulação de muitas peças de arte (faianças, porcelanas e têxteis), vindas da Ásia entre os séculos XVI-XVII, que influenciaram grandemente a arte na Europa.
Descanso um pouco no bar e continuo, então, a visita nos recantos ainda não explorados e deixo-me ali ficar...
No final, confesso que comecei a ver o mundo da azulejaria de modo diferente e vejo-me a procurar a sua arte nas ruas, botecos e estações de metro, quais autênticos puzzles ou tapeçarias vidradas, espalhadas um pouco por toda a cidade e no país!
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O atual denominado, desde 1926,
Museu Militar está instalado num edifício onde existiam antigos armazéns, de material de guerra e oficinas de fabrico de pólvora e fundição de canhões (século XVI), atualmente, bem na frente da estação de comboios de Santa Apolónia. Apesar de ter sido quase completamente destruído no século XVIII, por causa de um incêndio e do terramoto de 1755, foi posteriormente reconstruido e nos séculos seguintes, acrescentadas e decoradas novas divisões.
Após a compra dos bilhetes (3€/adulto) começamos a visita numa ampla sala do rés do chão, onde existem duas dezenas de material bélico, incluindo enormes canhões, alguns com quatro metros de comprimento e um "espalhafato" (grande canhão, daí o termo de "espalhafatoso") do século XVI. As paredes estão revestidas de pinturas e mapas, em cor acobreada e verde pastel e o chão de madeira muito bem envernizado.
Um teto maravilhosamente pintado e as paredes revestidas a azulejo, ao longo de toda a escadaria, levam-nos a uma nova divisão com uniformes de manequins das tropas das revoluções Francesas, respetivo armamento (XIX) e delicadas esculturas acinzentadas.
Noutra divisão, medalhas comemorativas das várias ordens militares, um grande relógio da torre e dois simples quadros de embarcações de guerras, nas paredes. A seguir duas enormes salas contíguas dedicadas à primeira guerra mundial com objetos de guerra dessa época.
Um corredor, adiante, com armaduras de cavaleiros do século XVI seguida de salas (as que mais gostei) intensamente esplendorosas e trabalhadas (principalmente nos tetos), riquíssimas em pinturas e esculturas, estão sorrateiramente escurecidas por pesados cortinados.
Depois segue-se uma divisão com capacetes do século XIX, menos rebuscada (e a necessitar de obras), uma outra com miniaturas de armas, uma sala dedicada a Camões (um dos maiores poetas de Portugal que perdeu um olho numa das batalhas em África) e a última dedicada ao infante D. Henriques (infante e importante figura nos descobrimentos, nomeadamente Ceuta, as ilhas de Madeira, Açores e Cabo Verde).
No pátio, armas e azulejos em toda à volta com as batalhas e personalidades importantes das várias batalhas e guerras Portuguesas e o único local do museu onde se podem tirar fotos!
Uma coleção temporária com armas e uniformes utilizados pelas tropas dos Estados Unidos, Japão, Inglaterra e Alemanha durante a segunda guerra mundial está próxima de uma outra ala do museu, onde existe uma enorme balança, um coche, grandes canhões e até uma grande estátua equestre de Mouzinho de Albuquerque (oficial de cavalaria famoso na subjugação da população da atual Moçambique à administração colonial portuguesa).
Por todas estas razões, este museu tornou-se uma referência nos campos da pintura, azulejaria, artilharia e estatuária. Apesar de não poder tirar fotos à exceção do pátio, eu, que nem sou aficionada nem de guerras (batalhas e afins) e nem de material bélico, apreciei bastante a visita ao mesmo!
E agora vou só ali dar uma volta mas volto, volto já!
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O meu afilhado, com 15 meses, no nosso primeiro dia de praia! |
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