Uma das muitas atrações da cidade de Lisboa são os vários museus espalhados um pouco por toda a capital. Como em Agosto passado fui visitar alguns dos mesmos (puxa...como estes
posts estão atrasadíssimos ) vou agora escrever sobre os melhores que vi (e consegui tirar fotos) nesse período.
Vamos, então, vê-los?!
Na Avenida de Berna, junto ao Centro de Arte Moderna, está situado o
Museu Calouste Gulbenkian (a estação de metro mais próxima é a Praça de Espanha, embora eu tenha descido em S. Sebastião). Apesar de já ter ouvido falar desta fundação pelas suas multi-iniciativas culturais não sabia que a mesma havia sido financiada, pela herança do senhor, com esse mesmo nome.
Calouste Sarkis Gulbenkian nasceu em Istambul, em 1869, filho de pais Arménios, naturalizou-se Britânico mas terminou os seus últimos anos de vida em Lisboa. Ativo e pioneiro nos negócios do petróleo no médio oriente, Gulbenkian desenvolveu um gosto apurado pelo mundo das artes, tendo sido um grande patrocinador da cultura em Portugal e o seu último desejo de ter o seu largo espólio, todo reunido num só espaço, em Portugal, acabou por ser realizado em 1969, 14 anos após a sua morte.
Com entrada paga, a sua coleção de arte é notável pelas peças expostas, divididas em duas seções diferentes estão distribuídas pelas várias galerias.
Na primeira, dedicada à arte oriental e clássica, podem ser apreciadas várias peças de arte (tapeçarias, peças de mobiliário, azulejaria, esculturas, louçaria...) principalmente dos períodos: egípcio, greco-romano, islâmico e a do extremo oriente. Quais livros de história, todas estas peças estão aqui bem preservadas, bem à nossa frente, e representam séculos de existência de antigas civilizações bem diferentes.
Na segunda seção estão presentes grandes obras e peças de arte europeia, composta por livros (existem vários manuscritos bem antigos), esculturas, pinturas e artes decorativas, tendo nesta última peças de ouriversaria, arte francesa do século XVIII, de René Lalique (esta última, infelizmente, sem fotos).
Os quadros de muitos pintores notáveis (como por exemplo, Manet, Degas, Renoir e Rembrandt) estão aqui presentes e são impressionantes.
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"Retrato de homem", Dyck (séc. XVII) |
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"Retrato de uma jovem", Bugiardini (séc. XVI) |
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"A virgem e o menino", Gossaert (séc. XVI) |
E apesar de ter gostado da sua maioria, destaco a riqueza dos detalhes dos seguintes que são simplesmente admiráveis:
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"O espelho de Vénus", Burne-Jones (séc. XIX) |
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"Figura de velho", Rembrandt (séc. XVII) |
No final, ainda pode ser feita uma visita às exposições temporárias, à biblioteca, à cafetaria e aos jardins do museu Calouste Gulbenkian, museu esse com uma coleção, seguramente, de fazer inveja a muitas outras, nesses vários museus espalhados um pouco por toda a Europa.
No próximo
post, aconselha-se o uso de uns sapatos mais confortáveis, porque vamos andar até a um museu mais afastado do centro de Lisboa, mas nem por isso menos interessante. Fique p'ra ver!