Preparados para voltar a visitar mais uns museus na capital de Portugal?
Pois é, tal como prometido, voltamos a Lisboa e como eu gosto de visitar museus (confesso, no entanto, gostar mais de visitar palácios) não me canso de em cada oportunidade, sempre que posso e passo por ali, de aumentar a minha coleção de visitas a estes extraordinários locais e palpita-me que mais virão por aí...
Como foram vários os museus já visitados e nunca descritos em
posts anteriores (alguns até sem fotos) vamos começar?
Afinal, onde se encontra este magnifico quadro?
Um pouco afastado do centro, da capital, encontram-se alguns museus como o
museu da cidade! Este, atualmente, instalado no palácio Pimenta, foi mandado construir, talvez, pelo rei D. João V para uma das suas amantes, freira do convento de Odivelas (e que inclusivamente lhe deu vários filhos).
Nesta mansão, dos meados do século XVIII, numa zona rural longe de Lisboa (na época, já que atualmente é o "campo grande"), foi para aqui transferido este museu, em 1979, bastante interessante (obstante as fotografias do seu interior estarem proibidas). Além de mostrar o desenvolvimento da cidade desde os tempos pré-históricos, passando pela época dos romanos, visigodos e mouros, é dotado de uma vasta coleção de pinturas e documentos históricos.
Na cozinha pode-se observar um bonito painel de azulejos e todas as divisões são ricas em mobiliário antigo, pinturas e brinquedos da época, assim como uma coleção de cerâmicas do século XVIII e até uma maravilhosa maqueta de Lisboa, antes do terramoto de 1755 (que eu adorei vivamente).
Anexo à entrada do museu existe o bonito jardim Bordallo Pinheiro com mais de mil peças de faiança de uma fábrica das Caldas da Rainha (como era o mês de agosto, quando o visitei, as suas fontes estavam completamente secas, com grande pena minha).
Um pouco mais afastados, na zona do lumiar, encontram-se os
museus do traje e do teatro! Num sábado, frio, de Novembro, lá fomos nós ao seu encontro, ao parque do monteiro-mor, onde foram vendidos ao estado em 1975, estes rústicos (e um pouco maltratados) edifícios do palácio do século XVIII, convertidos mais tarde em museus.
Os jardins até são bem bonitinhos e vale bem a pena uma visita! Contudo, nota-se um certo desleixo do local, talvez pela fraca divulgação e distância considerável até ao centro (o metro mais próximo é o Lumiar mas ainda tivemos de andar um bom bocado).
O
museu do traje tem uma variada coleção de trajes usados por músicos, aristocratas, militares e poetas, ao longo de vários séculos, desde a "fresca" roupa interior passando pelas armações, corpetes, calçado e demais acessórios.
O
museu do teatro tem dois edifícios com exposições definitivas e temporárias, com uma secção dedicada à grande fadista Amália Rodrigues. Gostei especialmente do vestuário utilizado em algumas peças de teatro e das marionetas.
O terceiro e último (e bem mais pertinho do centro) museu visitado, deste
post, é o
museu do chiado!
Este,
designado anteriormente como museu de arte contemporânea, possui uma coleção de pinturas de 1850-1950 e mudou para esse nome em 1994, depois de ter sido transferido para um elegante e restaurado armazém, situado nesse local.
As pinturas e esculturas estão divididas por várias salas, cada uma com um tema e época diferente (romantismo, naturalismo, simbolismo, modernismo, neorrealismo, surrealismo, abstrato, nova figuração...) e têm na sua maioria obras portuguesas, influenciadas por outras de outros países.
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"Á espera dos barcos" de Marques de Oliveira (1892) |
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"Bailarico no bairro" de Mário Eloy (1936) |
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"Expectante" de Jorge de Oliveira (1949) |
Incluem desenhos de Rodin e o bonito quadro da viscondessa de Meneses, pintado magnificamente pelo visconde de Meneses (conforme se pode ver na primeira foto e o "cartão postal" do museu)!