Confesso que adoro Sintra! Para mim é um dos locais mais românticos deste país à beira mar plantado e adoro lá voltar...e se em Agosto do ano passado não tive oportunidade de visitar o palácio nacional quando lá estive (encerra às quartas) este ano não quis desperdiçar a oportunidade.
Mas, para além de todos os palácios já anteriormente mencionados, o que mais existe nesta vila pitoresca e carregada de história? Fique aqui para ver!
A imagem das suas duas monumentais chaminés cónicas da cozinha não passam despercebidas na paisagem, sendo este palácio o cartão postal da vila de Sintra!
O palácio da vila (como também é designado) é constituído por vários estilos arquitetónicos (medieval, gótico, manuelino, renascentista), amplas salas ricamente decoradas e a maior coleção de azulejaria com traços árabes (mudéjar) do país, tendo sido, em anos anteriores, o palácio mais visitado de Portugal.
Após a compra do bilhete conjunto do palácio nacional e castelo dos mouros (embora seja possível outras combinações para os vários monumentos de Sintra) visitamos as várias salas que são enormes e dei comigo a imaginar como deveriam ser frias senão existissem aquelas grandes lareiras.
A "sala dos cisnes", a maior sala deste palácio, deriva da anterior sala do paço de D. João I no início do século XV. Tem este nome, atualmente, devido à decoração do tecto executada no século XVI e aqui foram (e são) dadas várias receções (como banquetes, espetáculos musicais...) a pessoas ilustres, tendo sido restaurado após o terramoto de 1755.
A "sala das pegas", do século XV, servia para receber os embaixadores e pessoas notáveis, no seu tecto estão representadas 136 pegas e nas paredes um variado conjunto de azulejos. Apesar de ter sido restaurada conserva a sua originalidade inicial.
A "sala árabe" era o antigo quarto do monarca D. João I, no século XV. Contudo, a atual decoração azulejar e a bonita fonte mourisca no centro são do tempo do rei D. Manuel I, um século mais tarde.
Mas sem dúvida, o aposento mais esplenderoso é a "sala dos brasões", uma opulenta sala com um tecto espectácular (um dos mais bonitos que vi até hoje) e representa a intervenção manuelina no seu máximo, sendo uma das mais importantes salas heráldicas europeias (há até quem diga que é a melhor).
No centro do tecto da divisão estão representadas as armas portuguesas do rei D. Manuel I que por sua vez estão rodeadas pelos brasões dos seus oito filhos e estes por sua vez pelos brasões das 72 familias nobres mais influentes do reino, na época.
Embora tenha sido posteriormente restaurada, esta sala é do século XVI sendo que no século seguinte lhe tenha sido adicionada a talha dourada e um século mais tarde, os painéis de azulejos com cenas de caça.