Palácio Nacional da Ajuda
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Palácio Nacional da Ajuda


Quem olhar  para a fachada traseira deste  edificio  inacabado, de  estilo neoclássico,  ninguém  poderá imaginar as riquezas albergadas no seu interior, de um dos palácios mais bonitos em Portugal que vi até hoje.

Devido ao terramoto de 1755, o rei D. José I ordenou a construção de um palácio (o último a ser construído em Portugal) num local considerado "seguro", no alto da Ajuda. Livre de sismos mas não do fogo foi aqui construído um antigo palacete, feito em madeira, onde a familia real viveu durante três décadas. Depois deste ter sido destruído por um violento incêndio foi construído o actual palácio, iniciado em 1802, que deveria ser grandioso mas devido às várias interrupções e alterações ficou apenas com um terço do projecto inicial.

Devido às invasões Francesas, o palácio só seria habitado posteriormente. De 1826-28 foi habitado pela regente D. Isabel Maria e em 1862 por D. Luís I e sua esposa D. Maria Pia de Sabóia que o tornaram residência permanente. Também foi aqui neste palácio que D. Miguel foi aclamado rei absoluto e D. Pedro IV jurou a carta constitucional na sala do trono.


Fachada traseira, dianteira e uma das esculturas à entrada do palácio


Declarado monumento nacional desde a implementação da república (1910) foi encerrado e reaberto como museu algumas décadas depois. Actualmente, além de servir de museu e ser uma antiga habitação real é também sede de instituições ligadas à cultura (como o Ministério da Cultura) e palco de cerimónias oficiais do estado.
Podem ser visitados dois pisos, no interior da maior parte do palácio (nas alas nascente e sul), aberto ao público: o térreo ondem podem ser admirados 20 aposentos privados reais e o andar nobre composto por 17 salas onde se realizavam as grandes recepções da realeza.

No piso térreo é obrigatório a visita à Sala do Despacho (onde o Rei recebia os seus súbditos e tratava de documentos oficiais) não sem antes passar pela Sala Grande de Espera (o tecto é lindissimo), à Sala da Música (uma das distracções favoritas da família real), à Sala de Estar, ao Jardim de Inverno (aposento privado com o tecto e as paredes revestidas de ágata da Caledónia), ao Quarto da Rainha, à Sala de Retrato do Rei D. Carlos (as paredes necessitam de restauro), à Sala das Tapeçarias Espanholas, à Sala Rosa (bem feminina, com peças de porcelana, apreciadas essencialmente no século XIX, vindas da região Alemã de Meissen) e à Sala Verde (onde nasceu o rei D. Carlos).

Pormenores da sala grande de espera
Em cima: sala do despacho
Em baixo: sala da música
Em cima: sala de estar
Em baixo: jardim de Inverno
Pormenores do quarto do Rei


Esquerda: sala rosa. Direita: quarto da Rainha


No andar nobre devem ser admiradas as salas: do trono, de baile, do corpo diplomático e o atelier de pintura do rei além da majestosa e faustosa sala de jantar.


Pormenores da sala do trono e escultura da sala de jantar

Pormenores da sala de jantar


As várias e lindas colecções de arte: escultura, joalharia, ouriversaria, pintura, têxteis, trajes, mobiliário, vidro, utensílios e fotografia, presentes em ambos os pisos, são marcas dos últimos vestígios deixados pela realeza nos últimos cinco séculos, em Portugal.


Quadros e fotos dos vários monarcas
Portugueses


Depois demos um belo passeio pelo Jardim Botânico da Ajuda, situado próximo ao palácio. Fundado em 1768, pelo Marquês de Pombal, é considerado o jardim mais antigo de Lisboa e destinava-se a local de recreio da familia Real, com inúmeras espécies vegetais de todo o mundo.  Em 1918, este jardim foi entregue ao Instituto Superior de Agronomia. O ciclone ocorrido em 1941 veio devolver a linda vista sobre o Rio Tejo, devido à destruição de uma grande parte do bosque formado no século anterior.




Horário (Inverno) e preço (adulto):

Palácio Nacional da Ajuda- das 10 às 17.30H; 5€ mas gratuito aos Domingos de manhã.
Jardim Botânico da Ajuda- das 09 às 18.00H; 2€ durante a semana e 1,5€ ao fim de semana.






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