Viagens
Viemos de ônibus seguido de trem desde Friburgo, que havíamos visitado pela manhã, num dia ultranublado. O primeiro impulso era subir logo a trilha que levava a Gruyères, mas contivemos nossa vontade para entrar na fábrica Maison du Gruyère, daquele que é o seu produto mais conhecido - o queijo, situada ao lado da estação. Quem quiser pode comprar ingresso para acompanhar o processo de fabricação, com visita disponível durante algumas horas do dia. Chegamos num horário em que a fábrica não estava em operação, mas aproveitamos e almoçamos no restaurante do local uma deliciosa fondue suíça, onde além do pão habitual mergulhávamos também batatas pequenas com casca no queijo fervente. Alguém imagina uma região com nome mais adequado para se saborear uma fondue?
Satisfeita nossa gula, subimos a trilha, gastando parte das (muitas) calorias recém-adquiridas. Um portão no alto do caminho dá acesso à vila, onde podemos ter uma visão ampla dos campos verdes que formam os seus arredores. Gruyères é composta praticamente de uma única rua, mas uma belíssima rua, cercada em todos os lados por vários exemplares de casas medievais, além de uma fonte bem na sua metade.
Cidade-base em que me hospedei: Lausanne
Acesso a Gruyères: a partir de Friburgo por ônibus com conexão em Bulle pegando em seguida o trem; a partir de Lausanne por trem, também com conexão.
Transporte pelo Swiss Pass: Coberto, incluindo acesso ao castelo e ao museu.
* Este é o quarto post da série sobre a Suíça. Para visualizar os demais, acesse A saborosa Suíça.
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Gruyères: queijo, vila e castelo
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| Os jardins do Castelo de Gruyères vistos do alto da sua torre |
Se há uma vila cujo nome dá água na boca, esta vila é Gruyères. Afinal, o famoso queijo suíço (cujo nome não tem o "s" final) se originou na região.
Gruyères está plantada no alto de um morro. A estação ferroviária fica no sopé da colina, em Pringy, e ao se sair da estação há uma bela vista da vila (foto abaixo). A partir da estação, há um ônibus que a liga a Gruyères em horários bem irregulares ou se pode encarar uma subida que leva ao alto do morro. Além de ser um trajeto curto, a caminhada é bem agradável, em meio a um parque nas encostas da elevação.
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| A vila de Gruyères no alto do morrete |
Viemos de ônibus seguido de trem desde Friburgo, que havíamos visitado pela manhã, num dia ultranublado. O primeiro impulso era subir logo a trilha que levava a Gruyères, mas contivemos nossa vontade para entrar na fábrica Maison du Gruyère, daquele que é o seu produto mais conhecido - o queijo, situada ao lado da estação. Quem quiser pode comprar ingresso para acompanhar o processo de fabricação, com visita disponível durante algumas horas do dia. Chegamos num horário em que a fábrica não estava em operação, mas aproveitamos e almoçamos no restaurante do local uma deliciosa fondue suíça, onde além do pão habitual mergulhávamos também batatas pequenas com casca no queijo fervente. Alguém imagina uma região com nome mais adequado para se saborear uma fondue?
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| Milhares de rodelas de queijo armazenadas na fábrica de Gruyères |
Satisfeita nossa gula, subimos a trilha, gastando parte das (muitas) calorias recém-adquiridas. Um portão no alto do caminho dá acesso à vila, onde podemos ter uma visão ampla dos campos verdes que formam os seus arredores. Gruyères é composta praticamente de uma única rua, mas uma belíssima rua, cercada em todos os lados por vários exemplares de casas medievais, além de uma fonte bem na sua metade.
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| A rua única de Gruyéres - vista para o Castelo |
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| A rua única de Gruyères - vista para a entrada da vila |
A maior atração da vila medieval é o Castelo de Gruyères, situado no final da rua única. Para quem possui o Swiss Pass, uma boa notícia: o ingresso estava incluso no passe. O castelo, um dos mais famosos da Suíça, é bem antigo, remontando ao século XI. Por 400 anos pertenceu a 19 condes de Gruyères até que um incêndio devorou completamente suas instalações. O conde da época gastou toda a sua fortuna o reconstruindo e então faliu. A partir de então o castelo passou por diversas mãos até ser transformado em museu há 77 anos pelo governo de Friburgo. O interior do castelo contém alguns artigos interessantes, mas o que vale mais a pena visitar são mesmo os seus jardins magníficos em estilo francês que formam desenhos geométricos. Não deixe de fotografá-los do alto do castelo.
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| Os belos labirintos do jardim do Castelo de Gruyères |
Se o castelo constitui a atração mais conhecida da vila, a mais inusitada é o Museu H.R.Giger. Certamente este museu não combina em nada com o ar bucólico e histórico de Gruyères. Giger, um artista suíço falecido em maio último em Zurique, ganhou o Oscar como responsável pelas criaturas do filme Alien, o Oitavo Passageiro, sucesso estrondoso de Hollywood. O museu, montado por ele numa das casas medievais, trata exatamente das suas criações - pinturas, esculturas e modelos - e por que não dizer alucinações, incluindo esses monstros cinematográficos que nós adoramos odiar. Separada do resto da exibição por uma cortina, uma área com o aviso "Adults Only" mostra desenhos de como seriam as estripulias dos seres alienígenas proibidas para menores. Surreal e certamente não palatável para todos os gostos. O bar anexo também vale uma conferida, com um teto que lembra vértebras de baleia, fazendo você se sentir como o bíblico Jonas. Também tivemos o acesso franqueado ao museu apresentando o Swiss Pass.
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| A vista dos campos verdejantes do cantão de Friburgo a partir do alto da vila |
Cidade-base em que me hospedei: Lausanne
Acesso a Gruyères: a partir de Friburgo por ônibus com conexão em Bulle pegando em seguida o trem; a partir de Lausanne por trem, também com conexão.
Transporte pelo Swiss Pass: Coberto, incluindo acesso ao castelo e ao museu.
* Este é o quarto post da série sobre a Suíça. Para visualizar os demais, acesse A saborosa Suíça.
Postado por Marcelo Schor em 04.08.2014
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