O transporte de ferry é bem simples! Quando chegamos ao porto de
Cirkewwa, na ilha de Malta, seguimos apenas as setas do embarque dos veículos, esperamos a nossa vez e depois entramos lentamente dentro do barco (o bilhete só é pago no regresso de
Gozo) seguindo as instruções dos trabalhadores do porto.
Breves segundos, após termos deixado o carro, na parte inferior do barco, zarpamos em direção à ilha de
Gozo, no convés superior para desfrutarmos a pequena e calma viagem, onde vimos várias e perigosas caravelas do mar, espalhadas pela água.
Primeira paragem em
Gozo: a igreja de
Xewkija, visível da maior parte da ilha, feita a partir do calcário da zona, pela população local!
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Entrada frontal |
Amavelmente, recebidos pelo simpático pároco (!) da mesma, esta igreja terminada em 1971, demorou duas décadas a ser construída e tem uma das maiores cúpulas da europa (segundo alguns é a terceira maior, embora tal facto seja contestado pelos habitantes de Mosta, na ilha de Malta). Apesar desta ser bem mais modesta do que a de Mosta, o seu interior é bem bonito!
A entrada é gratuita, contudo a subida por elevador até ao cimo da mesma é paga. As vistas são soberbas, apesar dos singelos retangulares edifícios à volta.
Seguimos, então, viagem até aos penhascos de
Ta' Cenc e depois até ao centro, a capital muralhada da Cidadela, assente numa elevada falésia rochosa. Esta, data dos tempos dos romanos, embora a estrutura atual tenha sido construída no século XVII (a maioria da população desta ilha foi quase totalmente dizimada e escravizada no século XVI) após destruições piratas e o antigo nome de "Rabat" tenha mudado oficialmente para "Victoria", em comemoração do 60º aniversário da rainha britânica, em 1897.
Andamos nas vielas e ruas estreitas da cidade e fomos até ao cimo das muralhas!
Vimos alguns museus, a bonitinha igreja de calcário com a sua avermelhada cúpula, uma linda catedral em obras (antes da sua entrada, havia já uma mulher tipo cão de guarda, a "exigir" dinheiro para a entrada da mesma) e algumas lojinhas com artefactos locais como rendas e pinturas.
Provamos os petiscos locais, entre os quais se inclui a pior bebida que provei até hoje- a
Kennie- um refrigerante com sabor a laranja amarga e especiarias.
Após o almoço, fomos mirar a extremidade oeste selvagem da ilha:
Dwejra, com os seus assombrosos penhascos. Admiramos o cartão postal da ilha, "a janela azul", um arco de rocha com quase 100 metros de altura e a "rocha do fungo", onde cresce abundantemente uma rara planta (acreditava-se que esta possuía propriedades medicinais), antes da visita ao interior da basílica de
Ta' Pinu.
Este local importante de peregrinação cristã, terminada em 1931 mantém uma parte original da antiga capela do século XIX, onde em 1883, uma mulher terá tido uma visão da nossa senhora. À nossa senhora
Ta' Pinu são atribuídos poderes curativos milagrosos, sendo que milhares de malteses vêm até aqui, com a sua fé, curarem as suas enfermidades.
Acabamos a tarde, com tristeza, numa grande e feia extensão de uma praia com areia avermelhada, a única praia de areia em
Gozo: a baía de
Ramla, cheia de limos. Esta, tão pouca atrativa, que nem cheguei a tirar quaisquer fotos!