Sinceramente, o que me convenceu mesmo a querer visitar este país foram as dezenas de imagens que tinha visto pela net (abençoada!) da "pequena" lagoa paradisíaca desta diminuta ilha.
Contudo, como se sabe, nem tudo o que parece na net é "real" (existem várias ferramentas que podem transformar/ alterar completamente uma foto) e, é claro, como estávamos no final do outubro, o clima podia não colaborar e tornar o dia um "fiasco".
Porque, verdade seja dita, passar o meu aniversário longe da família e dos amigos, à exceção do meu marido, num país estranho foi a primeira vez que o fiz. E o meu objetivo principal era mesmo mergulhar naquelas águas límpidas azuladas, sem ondulação e com uma agradável temperatura, quando optei por este destino, no meu dia de anos.
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No porto de Cirkewwa |
Mas assim foi. A partir da extremidade nordeste (
Cirkewwa) da ilha de Malta apanhamos uma lancha rápida que num ápice nos levou até à lagoa azul (convém negociar sempre o preço e as condições do transporte, especialmente se um desses "transportadores" vem logo em direção ao nosso veículo, quando o estacionamos; existia concorrência, com certeza, e mais barata...hahaha).
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A nossa lancha |
O mar azulado forte dava agora lugar a uma límpida e grande "piscina" azulada clara e as condições climatéricas... perfeitas!
Tão perfeitas (sem vento, sem amplitude de marés e fraca ondulação, a não ser a de algum barco), que alugamos imediatamente duas cadeiras e um guarda sol, bem perto da água e em cima de uma parte do rochedo com areia (aconselho a quem venha, que o faça cedo, pois apesar de existirem muitas cadeiras espalhadas pelos rochedos há também muita clientela que ocupa rapidamente os melhores lugares).
Depois demos uns valentes mergulhos, tiramos fotos com uma máquina descartável aquática (cujas fotos ainda estão por revelar até hoje, mas eu prometo que depois coloco algumas, se ficar alguma coisa de jeito) e claro, ficamos tipo lagartixa a espairecer ao sol. Aproveitei para por a leitura em dia e o meu marido ainda se aventurou a ir até a
Cominotto por duas vezes.
Senti-me, por breves momentos, nas caraíbas (delicia...hem)!
A mais pequena ilha do arquipélago maltês-
Comino- é uma terra bravia com aroma a cominho (daí o seu nome), introduzido pelos romanos e conta com pouco mais de 4 habitantes e apenas um hotel (arrependi-me quase instantaneamente de não ter lá permanecido algumas noites).
Apesar deste hotel ter somente o único restaurante de
Comino optamos por comer
fast-food numa das inúmeras caravanas instaladas, ali perto da lagoa azul e depois demos uma bela volta até chegarmos à torre mais imponente de toda a ilha: a torre de Santa Maria.
Esta elevada torre de vigia com ameias foi construída em 1618, a mando do grão-mestre
Wignacourt com a função principal de defesa, devido à sua localização estratégica entre as ilhas de Malta e a de Gozo, contra os piratas.
Um edifício atrás da torre constitui a aldeia (na foto seguinte, à direita), outrora um hospital de isolamento no inicio do século XX, onde estão albergados os poucos habitantes da ilha.
Na torre, além das vistas soberbas sobre as várias ilhas, existem também uns placards informativos sobre a biodiversidade marinha, fauna e flora, essas bastante variadas apesar da extrema aridez do local.
E depois coincidência das coincidências, quando íamos embora encontramos um casal algarvio, que por acaso o rapaz até é filho de uma das minhas colegas de trabalho (bem verdade quando dizem que "o mundo é pequeno"). No caminho de volta fizemos ainda um pequeno passeio às grutas existentes nessa ilha, onde nos maravilhamos com as cavidades naturais e a brilhante luminosidade da água.