Ah, como adoro um bom spa e uma boa massagem! No primeiro fim de semana do mês de Outubro dei-me ao luxo de ir fazer uma exfoliação corporal seguida de uma massagem com um delicioso cheirinho a baunilha, no
SPA do hotel "
The Lake" em Vilamoura.
Tendo chegado uma hora antes da exfoliação, dei umas boas braçadas na piscina interior, bem quentinha e massajante (existem lá uns botões que depois de ligados lançam jactos de água direccionados para as pernas e costas), na pequena piscina do mar morto (com alta concentração de sal), no jacuzzi e no banho romano (menos húmido que o banho turco e menos seco que a sauna). Depois da exfoliação e massagem finalizei o ritual com um chá de menta, ao som de uma música bem relaxante, numa das espreguiçadeira disponíveis com vista para a piscina exterior do hotel, qual cenário nas Caraíbas!
Depois do almoço fui visitar o
museu rural da
Quinta dos Avós (gratuito e só aberto aos sábado à tarde) que reune uma pequena colecção de veículos de tracção animal (carros de mula, charrete, carro da água, carro dos cântaros, carro de capoeira, carreta, aranha) utilizados pelos algarvios, até ao aparecimento do automóvel. Outros objectos bem antigos, como alfaias agrícolas, arreios, pesos, gravuras e fotografias completam a colecção deste pequeno museu. No final da visita ainda fiz a degustação do doce de medronho (o sabor é bom mas é adstringente devido à polpa do próprio fruto).
Fomos ao
cinema ver um filme hilariante: "Johnny English 2" onde demos algumas gargalhadas e assistimos a um
musical de tango e dança: "La Porteña Tango", um belissimo espectáculo dirigido e bailado por um grupo de artistas Argentinos.
E como não podia deixar de ser, fiz mais um aniversário e passei a fasquia dos 35. Foi bom estar com a familia reunida ao almoço e ao lanche onde fui mimada e acarinhada, por todos.
O último fim de semana do mês foi passado na região de Lisboa e margem sul.
No sábado, saímos cedo em direcção à margem sul, tendo como primeira paragem o monumento nacional: a
Fortaleza de S. Filipe, em Setúbal. Conhecido, também, por Castelo de São Filipe foi construído como defesa durante o período Filipino, no século XVI. Esta soberba estrutura, onde também está localizada uma das bonitas pousadas históricas de Portugal, domina a entrada do Sado e tinha dupla função. Além de servir de defesa contra os ataques dos piratas do norte de África e França juntamente com os ataques dos Ingleses e Holandeses, que nos finais dos séculos XVI estavam em guerra contra Espanha, também servia, de defesa do rei Espanhol e seus apoiantes, na vigia da população local insatisfeita por Portugal estar sob domínio Espanhol.
|
Pormenores da fortaleza de S. Filipe e vista sob Setúbal |
Continuando o percurso pela belissima
Serra da Árrabida, vimos o convento do mesmo nome, construído no século XVI. Abrangendo 25 hectares de terra, é composto pelo convento velho, o convento novo, o jardim e o santuário do bom Jesus. Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, foi abandonado e pilhado, tendo sido vendido e restaurado posteriormente, no século XX, e depois vendido à Fundação Oriente que o gere, actualmente. As visitas só podem ser feitas por marcação prévia e também podem ser alugadas as suas instalações para colóquios, palestras e até como quartos de hotel. As vistas são deslumbrantes.
|
Vistas do convento da Árrabida e da sua paisagem envolvente |
E depois do almoço em
Sesimbra composto por uma boa feijoada de choco num restaurante bem simples mas com comida saborosa, fomos admirar o bonito Castelo de Sesimbra. Sesimbra é uma vila que se desenvolveu na época dos Descobrimentos, tendo sido um importante porto da construção naval e abastecimento das embarcações.
|
Vistas do castelo e da praia de Sesimbra |
O Castelo de Sesimbra ou Castelo de Mouros está situado numa falésia a 240 metros acima do nível do mar, na península de Setúbal. A partir de uma fortificação enfraquecida, em 1165, D. Afonso Henriques (o primeiro rei Português) procedeu a restauros no local do actual castelo.
|
Pormenores do castelo e vistas sob Sesimbra |
Actualmente, é possível ver a Torre da Atalaia (construído no reinado de D. Dinis para vigiar toda a costa marítima a sul), a cerca muralhada dos séculos XIII-XIV para proteger a povoação, a alcaçova (residência do alcaide e sua familia, representante da ordem militar de Santiago), a Torre de Menagem (torre mais alta para vigiar o acesso à vila e comunicar com os outros castelos) e a simples mas bonita Igreja Nossa Senhora do Castelo, de estilo românico-gótico, erguida em 1160 e fortemente restaurada em 1721.
|
Igreja nossa Srª do Castelo |
Rapidamente, fomos para Vila Nogueira de Azeitão onde fizemos uma visita (paga e pré-marcada) à
casa museu José Maria da Fonseca (que ficará para um
post posterior). A noite terminou a relembrar velhas histórias de adolescência com duas amigas, na casa de uma delas, na Moita após o jantar tipicamente
British.
No dia seguinte, antes de visitarmos o P
alácio Nacional da Ajuda e o J
ardim Botânico anexo (que ficará, também, para um próximo
post) passamos pelo Mosteiro dos Jerónimos e tomamos o pequeno almoço em Belém, não sem antes nos depararmos com a bonita Igreja da Memória, onde está o túmulo do Marquês de Pombal.
|
Igreja da Memória |
Acabamos a nossa viagem, depois do almoço, a passear junto à baía e à marina de
Cascais antes de regressarmos ao Algarve.
Cascais é uma bonita vila, uma das mais populosas de Portugal, que se recusa a passar para cidade por motivos turísticos. As casas senhoriais (onde a antiga nobreza, nos finais do século XIX, passava a época de veraneio), o Farol de Santa Marta (com 20 metros de altura, além de auxiliar na navegação também funciona como museu), as muralhas do Forte da Nossa Senhora da Luz e os vários palacetes fazem parte desta vila que foi o primeiro local da instalação de electricidade em Portugal.
|
Fachadas dos vários edificios de Cascais |
De salientar que a próxima viagem de férias já está próxima (e mesmo próxima), mas que eu não vou dizer qual é, por motivos supersticiosos, mas só vos posso dizer que estou a aprender (a tentar pelo menos) a "hablar castellano". Palpites???