Olá! Sejam bem-vindos, à pré-história! O tema do
post de hoje é
Alcalar! Mas o que é isso e onde fica, pergunta(ra)m-me vocês?!
Pois bem, ora aqui vai...
O que é? Trata-se de um pequeno povoado, designado por
Alcalar, com vestígios de monumentos, com milhares de anos, classificados como monumentos do estado português, desde 1910 (existem pesquisas feitas neste espaço, desde 1880)!
Onde fica? Situa-se no algarve, num território a norte da ria de Alvor que se estende até à serra de Monchique, situado no limite da ribeira da torre, outrora um curso de água, navegável. Para encontra-lo basta virar na estrada 125, no cruzamento da Penina, a norte, direção "Casais" e "Senhora do Verde".
Horário: de terça a sábado das 10 às 13H e entre as 14-16.30H (no inverno) ou 14-18.00H (no verão).
Preço do bilhete: 2€ por bilhete simples/adulto ou 4€ bilhete conjunto com o museu de Portimão/adulto.
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Aspeto geral do monumento nº7 |
Há uns anos atrás, bem que tentamos visitar estes monumentos, mas como se encontravam encerrados (era domingo), fomos desta vez visita-los, na semana passada, no dia de anos (e a pedido) do meu marido.
Na pré-história, esta zona, com soberbas vistas a norte para a serra de Monchique e a sul para o mar, possuía vastos recursos. Recursos esses: o rio, propício para a pesca, o marisqueio e o transporte de pessoas e mercadorias; as nascentes de água potável; o solo muitíssimo fértil e adequado ao cultivo de cereais, de produtos hortícolas e exploração de animais; os bosques que permitiam a caça abundante e as várias matérias-primas, adequadas como material de construção e no fabrico de objetos (muitos dos artefactos aqui encontrados estão no museu nacional de arqueologia em Lisboa; no museu Dr. Santos Rocha, na Figueira da Foz; no museu regional de Lagos e no museu municipal de Portimão).
Um desses materiais de construção é o xisto, que pode aqui ser visto no monumento megalítico funerário mais bem preservado desta necrópole: o número 7! Situado no cume de um outeiro, este monumento, com planta circular, tem um diâmetro de quase 27 metros, em cujo centro se abre a única entrada de acesso à cripta.
A poucos metros do monumento nº7, integrado no mesmo agrupamento de túmulos, encontra-se o monumento nº 9, cuja cripta se encontra muito arruinada, cujo muro e enchimento são constituídos por blocos de calcário.
O espaço é pequeno, pouco tem para ver, além dos dois monumentos megalíticos bem conservados e deste forno de cal.
Felizmente, existe, o centro de acolhimento e interpretação dos monumentos visíveis logo na entrada dos mesmos e da rececionista do espaço que nos auxiliou e prontificou na descoberta de mais. Soube, então, da existência de um hipogeu nesta zona (ainda para mais que vi um, em Malta) mas cuja visita está impossibilitada. A diferença principal entre estes dois tipos de monumentos funerários é o facto do hipogeu ser escavado na rocha e ser um templo funerário coletivo, enquanto os templos funerários dos vários agrupamentos serem específicos para as famílias mais abastadas. Em qualquer dos casos, os corpos eram enterrados em posição fetal.