Quem me conhece, ou acompanha este blog, sabe que eu adoro visitar um bom palácio (castelo e afins)! De modo, que quando comecei a planear esta viagem e entrei no blog da Patrícia Camargo (www.turomaquia.com), apaixonei-me instantaneamente por uma- e o número um- das atrações existentes no sudoeste irlandês: Kylemore Abbey, um palácio, de estilo neogótico, mandado construir por um médico inglês, no século XIX, como oferta à sua esposa, ambos apaixonados pelo local durante a lua de mel, em 1850!
E, realmente não é para menos! Pois, se por um lado, o palácio é lindíssimo, por outro, o parque envolvente é o cenário perfeito de um conto de fadas! Além disso, o caminho, para lá, é o máximo...
Ora, vejamos...
Apenas oitenta quilómetros separam Galway de Kylemore Abbey! Contudo, nós demoramos mais de duas horas para lá chegarmos. Razões? Não só as estradas são estreitas como as paisagens são de tirar o folego em cada curva (e que são muitas!). Após algumas interrupções (para fotos) chegamos à nossa primeira paragem: Leenaun, uma pequena aldeia pitoresca que serviu até como cenário de filmes (The Field, por exemplo)!
Depois continuamos...
Paisagens e mais paisagens verdejantes, o cume das montanhas envolvidas pelas nuvens, muitos rebanhos de ovelhas, lagos cristalinos e uma grande sensação de paz (achei grandes semelhanças com a Escócia)! Depois vimos...vimos Kylemore Abbey! O primeiro impacto foi melhor do que estava à espera! O grandioso e fantástico palácio acinzentado, construído em 1867, com as suas enormes e imponentes montanhas verdejantes, atrás, ali estava!
Lindo! Saí imediatamente do carro e comecei a fotografa-lo! Sem zoom...com zoom, mais grandioso ainda!
E depois da compra dos bilhetes visitamos o seu interior! O palácio, obra-prima da engenharia vitoriana, arquitetado nas margens do lago Pollacapall, está inserido num coração de quinze mil hectares de um parque verdejante.
Construído como casa particular para a família de Mitchell Henry (médico magnata de Manchester e importante político na Irlanda) apresenta uma fachada de granito e calcário. Após a morte da sua esposa (Margaret), Mitchell regressou à Inglaterra e o palácio foi posteriormente vendido aos duques de Manchester e depois às freiras beneditinas (após estas terem sido forçadas a fugir da Bélgica, durante a primeira guerra mundial), onde ainda hoje permanecem (serviu também de colégio feminino até 2010).
As poucas divisões visitáveis, atualmente, podem ser fotografadas, embora tenham existido mais de trinta quartos, quatro casas de banho, quatro salas de estar, uma biblioteca, outras salas, escritórios e os vários aposentos dos empregados (qual série de Downton Abbey)!
Podem até não ser as mais bonitas que vi, até hoje, mas a vista para as montanhas e o lago deixam qualquer um sem palavras e o clima estava perfeito, com aquela pequena neblina não matinal envolvente, qual aguarela traçada por um pintor famoso!
Depois demos um belo passeio no parque onde encontramos esta pequena catedral gótica, mandada construir por Mitchell, em memória da sua esposa, em 1877. Aqui, também, são dados espetáculos musicais, atualmente.
Adiante, encontramos também o mausoléu onde estão sepultados os corpos de Mitchell e Margaret Henry.
Passeamos, sentamos e tiramos dezenas de fotos....
Visitamos, ainda, os jardins murados no outro lado do parque (existe, também, um mini bus de transporte gratuito até lá, a partir do palácio e vice-versa), as estufas (em renovação) e até as simpáticas habitações do jardineiro mor.
Acabamos a visita com um delicioso almoço, no restaurante, perto da bilheteira! Contudo, existe ainda a possibilidade de efetuar excursões (reserva obrigatória; o acesso está estritamente proibido sem acompanhamento de guia) à enorme estátua do Coração Sagrado, situado a alguns quilómetros, do palácio!
Depois o passeio continuou e fomos então conhecer as praias irlandesas! Afinal, o sol tinha começado a despontar e até estavam mais de quinze graus nesse dia, um tempo ótimo para a Irlanda!
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