E se em Paris não tinhamos entrado em nenhuma das atrações no primeiro dia, no dia seguinte não perdemos a oportunidade de visitar
Versailles, com o seu opulento palácio e jardins magníficos. A pequena cidade é calma e muito charmosa. Antes de entrarmos no populoso palácio (sim, porque haviam tantas pessoas no palácio que parecia que estavamos na capela Sistina, em pleno Vaticano) passamos pelo mercado local, onde vimos o comércio tradicional de bonitas flores e coloridas frutas.
Imponente, grandioso, luxuoso, esplendoroso, exuberante...são apenas alguns dos adjetivos (e não exagerados) que não chegam para definir o rico palácio de
Versailles, símbolo da monarquia absolutista. Chegou a ser centro do poder político e até residêncial real, de 1682 até 1789, altura em que a familia real foi obrigada a voltar para Paris, após o início da revolução Francesa.
O antigo palácio, feito de tijolo e pedra, do rei Luís XIII foi ampliado pelo seu filho Luís XIV, a partir de 1661, que continuou até depois da sua morte (1715) pelos reis seguintes. A cidade foi edificada em redor do mesmo e é enorme a diversidade de hotéis, praças, igrejas e ruas bem antigas.
A partir do átrio real, com os seus enormes e dourados portões, podem ser realizados vários circuitos de forma livre ao interior do palácio (e mesmo comprando os bilhetes na
net, preparem-se para as filas para entrar no mesmo, especialmente se for ao fim de semana), pelos jardins e bosques e aos palacetes (
Grand e
Petit Trianon). Funciona das 09.00h às 17.30h (às 18.30H no Verão), todos os dias à exceção da segunda-feira, dia do seu encerramento.
A arquitetura e a grandiosidade do palácio é impressionante. Senão, vejamos: 700 quartos, 2153 janelas, 67 escadarias, 352 chaminés, 1250 lareiras, mais de 6000 pinturas e mais de 2000 esculturas tornam este palácio, um dos maiores da Europa e do mundo, atraindo mais de 8 milhões de visitantes por ano.
O aposento que mais gostei foi, sem dúvida, o quarto da rainha, deixado no estado original após a decapitação da rainha Maria Antonieta.
Mas o que realmente estava com grandes expetativas era ver a "galeria dos espelhos", uma ampla sala com 73 metros de comprimento e 13 metros de largura. Com 357 espelhos, esta sala representa a glória do rei Luís XIV. Também, foi assinado nesta sala o "Tratado de Versailhes", em 1919, pondo assim fim à primeira guerra mundial.
No interior do palácio, as vistas são maravilhosas para os jardins rigorosamente geométricos, absolutamente simétricos e excelentemente bem cuidados.
Estes jardins, concebidos por
André Le Nôtre, em 1661, são constituídos por bosques, estátuas, lagos, canais e fontes espalhados numa vasta área de 700 hectares.
Em 1670, o rei Luís XIV depois de arrasar a aldeia de Trianon decidiu aí construir um pequeno edifício para se refugiar da corte instalada no palácio principal: o
Grand Trianon.
O
Petit Trianon foi mandado construir posteriormente pelo rei Luís XV para a sua amante, Madame de Pompadour, tendo esta morrido sem ver a obra terminada. Com a morte do rei Luís XV, Luís XVI ofereceu-o à sua esposa Maria Antonieta.
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Quadro de Maria Antonieta |
Como Versailles fica a 20 km do sudoeste da capital Francesa, fomos de comboio a partir da gare de Paris Saint-Lazare para Versailles-Rive Droite (a estação mais próxima do palácio), de manhã, e à tarde saímos de Versailles-Chantiers para Paris Montparnasse, já que a nossa noite, nesse dia, ia terminar aí...não deixe de conferir no próximo post sobre Paris.