De volta à ilha da Madeira!
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De volta à ilha da Madeira!



Madeira VOLTEI! Ao fim de uma década cá estou eu novamente. E definitivamente também foi inesquecível (e não necessariamente pelas melhores razões, entenda-se). Enfim...

Mas o que mudou na ilha da Madeira ao fim destes 10 anos???




A primeira vez, em 2005, a viagem à Madeira foi inesquecível, primeiro porque achei a ilha fascinante (nessa altura pouco tinha viajado para além de Portugal Continental e um pouco de Espanha e tudo me parecia surpreendente) e em segundo, porque foi a primeira vez que andei de avião (apesar de ter achado uma seca tremenda passar uma hora e meia trancafiada num deles, quando o meu primeiro percurso aéreo tinha sido meia hora de helicóptero, a ver o litoral algarvio!).

Na primeira vez fui com a minha melhor amiga (a minha mana do coração), desta vez com o meu marido! Em ambos, pela SATA e pela TAP, os voos decorreram bem, sem sobressaltos e nem aterragens melindrosas (fico sempre "borrada" de medo nesta última parte; principalmente ali que a pista de aviação é tão pequena e literalmente em cima do mar).


Nos três dias em que estive na Madeira, no final de Outubro de 2005, o tempo esteve sempre muito instável (num só dia consegui usar calções, biquíni, calças e até casaco) enquanto que desta vez tive de usar sempre casaco e calças e foi impensável nadar nas piscinas naturais vulcânicas de Porto Moniz, por causa do frio e do vento (a minha atração favorita na primeira vez!).





Também, desta vez, andamos de carro alugado e percorremos (quase) a ilha inteira! A maior diferença paisagística que notei foi o aumento do número de edifícios e de túneis (particularmente no noroeste da ilha), o que permite atravessar do norte ao sul da ilha em meia hora e pouco mais de uma hora de um ao outro lado da ilha (são apenas 84 km da ponta do pargo (no oeste, na primeira foto seguinte), à ponta do castelo (a este, na segunda foto seguinte))!






Mas como foi bom voltar à Madeira! Ver novamente o elevado casario a partir desta magnifica costa (que costa luzidia de noite, perfeita para a passagem de ano!), emoldurada pelo azul profundo do oceano atlântico e do verde da ilha. Andei novamente de teleférico, inaugurado em 2000, até ao Monte e daí até ao jardim Tropical Monte Palace (quem quiser pode descer depois de cesto de vime, veiculo utilizado desde 1850; nós não fomos porque era feriado de sexta feira santa e os "carreiros" não trabalhavam). Também, gostei de ter visitado novamente o jardim Botânico, com uma vista soberba sobre o Funchal!




E fiz, também, a minha primeira levada, segundo alguns, a mais bonita da Madeira: a do Caldeirão Verde, uma autêntica aventura! Gostei dos bordados, de outro artesanato e das magnificas quedas de água como o "Véu da Noiva" que muito me tinha impressionado, na primeira vez, na costa norte!




Voltei ao cabo Girão, um dos promontórios mais altos da europa com 580 metros de desnível em relação ao mar, desta vez com uma proteção em vidro transparente que faz aterrorizar qualquer mero mortal que sofra com as alturas e/ou tenha vertigens!





E a Santana para ver as casas típicas de forma triangular com os seus telhados em colmo!




E é claro, muitas flores fizeram parte da nossa viagem (desta vez não fui ao  jardim Orquídea e nem trouxe nenhumas plantas comigo; na primeira vez trouxe imensas e só uma resistiu até hoje, para mal dos meus pecados), quer nos vários jardins quer no mercado dos Lavradores, tais como estrelícias, próteas, antúrios, camélias, orquídeas...




O que não fiz novamente? Ter voltado às grutas de S. Vicente, as únicas da ilha, onde assistimos à recriação dos fenómenos geológicos da formação das grutas e da própria ilha.

E a comida? Ótima! Experimentei novamente a espetada madeirense: carne tenra e suculenta em pau de loureiro, o milho frito, a banana frita, a batata doce assada, as lapas, o bolo de caco (que de doce não tem nada, uma espécie de pão com manteiga de alho) e os filetes de peixe espada preto, um dos peixes que mais se vende e consome nesta ilha, além da poncha, da Brisa de maracujá e do vinho da Madeira (desta vez não provei o bolo de mel e ainda não foi desta que provei a célebre niquita em Câmara de Lobos).

O senão...ter apanhado algum vírus que me desajustou completamente o sistema digestivo (vou-vos poupar aos episódios nojentos) logo no segundo dia de viagem, mas nada como uma injeção e alguns medicamentos não tivessem curado (o meu agradecimento ao pessoal do hospital do Funchal que me assistiu prontamente e gratuitamente!).





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