Saint-Emilion, muito além de vinhedos
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Saint-Emilion, muito além de vinhedos


Saint-Emilion é conhecida no mundo inteiro pela excelente qualidade de seus vinhos, atraindo 1 milhão de turistas por ano. Um rico patrimônio cultural inscrito desde 1999 na Unesco e cujos vinhedos e domínios podem ser visitados.



Mas o que pouca gente sabe é que a cidade ela mesma é uma gracinha, marcada pela sua rica história medieval, justamente o que mais me interessa, e foi esse o foco da nossa visita. 
 Vista da Praça do Clocher (torre com sino)

 A Torre da Igreja Monotítica

Aconselha-se o uso de calçados confortáveis e sem salto para aproveitar melhor das ruelas de calçamento antigo e ladeiras. Eu estava de saltinho, mas meu sapato era muito confortável, e também estou acostumada.

A originalidade de Saint-Emilion se deve em grande parte da pedra calcária. Entre os séculos IX e XIX (ou seja, durante mil anos) o conjunto arquitetural foi realizado através da extração dessa rocha. 
Acima vista realizada do alto da Torre du Roy, e abaixo o próprio. Trata-se de um donjon do século XIII, um elemento arquitetural de desefa da cidade.

 Cloître da Igreja Collégiale, construído entre os séculos XII e XIV, em estilo gótico e rodeado de colonas duplas de extrema fineza. Arcos romanos e góticos.
Cloître des Cordeliers, na verdade ruínas em estilo romano e vestígios da antiga igreja.

Podemos visitar a maior Igreja Monolítica (abaixo, construída em uma só pedra) da Europa e são 200km de galerias subterrâneas. E seria esse calcário que oferece um solo excepcional para as vinhas de Saint-Emilion, daí a qualidade dos vinhos.
Igreja monolítica dos séculos XI-XII (janelas mais recentes)
A história (ou lenda?) conta que um monge chamado Emilion escolheu viver ali no século VIII, realizando diversos milagres e sendo reconhecido pela sua generosidade. Após passar seus últimos 17 anos de vida como ermita em uma gruta no centro da cidade, ele faleceu no ano de 767. 

A cidade se visita à pé e boa parte pode ser feita individualmente. Porém alguns locais só podem ser visitados com o guia do Serviço de Turismo, em grupo (7,50€ por pessoa), como a gruta onde teria vivido Santo Emilion, a Capela da Trinidade, as catacumbas e a Igreja Monolítica.
 Pinturas da Capela da Trinidade (realizadas no século XIV) que nunca foram restauradas.

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