Arras: Memória viva da Primeira Guerra Mundial
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Arras: Memória viva da Primeira Guerra Mundial


No norte da França, quase na fronteira com a Bélgica e pertinho de Lille, existe uma cidade chamada Arras. Por acaso vi umas fotos e decidi ir conhecê-la, o que coincidiu com o mês de dezembro e as festividades de Natal.
Com um belíssimo alinhamento de casas de estilo flamenco, suas praças são consideradas umas das mais belas da Europa.

A cidade foi quase completamente destruída durante a Primeira Guerra Mundial (o Fronte ficava a poucos quilômetros dali, onde milhares e mulhares de soldados morriam por dia nas trincheiras) e foi totalmente reconstruída, de forma idêntica, logo após.
Em 1916 os britânicos chegaram na cidade, que foi completamente liberada de seus habitantes, e seus subterrâneos medievais foram ocupados pelos soldados. Em 1917, os alemães recuaram de 12km, custando a vida de mais de 250 mil homens (160 do lado dos Aliados, e entre 100 a 130 mil alemães), mas foi considerado uma vitória, já que durante 3 anos não tinham recuado de nem mesmo 1 centímetro.

Principais locais a visitar:

Suas magníficas praças: a Grand Place (grande) e La Place des Héros (ou também chamada a "pequena" praça), que juntas alinham 155 fachadas barrocas flamencas, com arcos no térreo. Si elas foram devastadas durante a Primeira Guerra, a recsontrução de suas façadas foi um excelente trabalho dos anos 20. Porém algumas conseguiram escapar da destruição, como a mais antiga (atualmente), que data de 1467. Era ali que há séculos era realizado o comércio (cada proprietário detinha um comércio).
Vista do alto do Beffroi
 Do alto parecem casinhas de boneca, não acham? 
Achei o trabalho de reconstrução fascinante!



Prefeitura e Beffroi:
O Beffroi foi construído entre 1463 e 1554, e reconstruído entre os anos 30 e 40. Faz parte do patrimônio da humadidade pela Unesco (como todos da região). dali se podia ver a chegada dos imimigos ou os começos de incêndios, muito comuns na época. 




Boves: subterrâneos de Arras, que podem ser visitados em grupo com um dia. Inverno e verão a temperatura é de 11ºC. são 20km de túneis, mas somente uma pequena parte é aberta ao público. 

Outro local semelhante para visitar é a carrière Wellington (Memória da Batalha de Arras). Foi ali que milhares de soldados ficaram escondidos durante dias, se preparando para uma grande batalha (que não aconteceu). Especialistas neo-zelandeses de túveis trabalharam ali durante alguns meses para reorganizar essas galerias medievais, indo até o Fronte de batalha e acolher em grande segredo 24 mil soldados. Tinha hosptal, gerador elétrico, centro de telecomunicações, cozinha, tudo. 
O subsolo da cidade foi utilizado como abrigo para a população durante a Segunda Guerra. 

Museu de Belas-Artes
 Localizado na antiga Abadia de Saint-Vaast


Já na entrada podemos observar o verdadeiro Leão de Arras, o original de 1554 que esteve durante séculos na ponta do Beffroi.

No térreo podemos visitar um belo excenplo de Arte Sacra, e no segundo andar peças flamencas dos séculos XVII e XVIII. 
Uma impressionante sala abriga os enormes quadros que se encontravam na Catedral Notre-Dame de Paris.


Catedral Saint-Vaast
Saint-Vaast teria chegado na cidade e domado o urso que impedia os fiéis de seguirem os preceitos da Igreja. Seu estilo é um pouco diferente do que tenho visto pela França, um estilo que eles chama de "neogrego" comum no início do século XIX.
Existem outros locais para visitar, mas faltou tempo, jah que tivemos que dar uma paradinha para a visita gastronômica:
 Não resisto à "carbonade flamande" quando passo pela região: carne cozida na cerveja, que quando é bem feita é uma decilia (o que foi o caso no restaurante "Le Petit Rat Porteur"). 
O marido prefere as 10 mil calorias do Welsh, com seu queijo cheddar derretido.
E para adoçar a vida:

Mas creio que vocês me perdoam, pois provavelmente teriam feito a mesma coisa no meu lugar!


E os Gigantes de Arras, figuras folcloricas da cidade!




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