Terceiro dia de viagem e continuávamos nós, num dia outonal e chuvoso de Outubro, no norte de Portugal!
Apesar do mau tempo nos ter impedido a visita ao Gerês, deambulamos um pouco, na parte da manhã, por
Braga, a mais antiga cidade portuguesa, fundada em 16 a.C como
Bracara augusta. Era a minha terceira vez nesta histórica cidade mas pouco vimos, além dos seus bonitos edifícios de fachadas austeras e conservadoras, em estilo barroco, de mais um dia borraceiro e cinzento (e em todas as vezes tive igual sorte...sniff...).
A partir daí, fomos percorrer e parar em novos destinos e conhecer mais um pouco da história de Portugal!
Como
Guimarães! Considerada o "berço" ou a cidade fundadora de Portugal, foi aqui, em pleno século XII, que foram travados os principais acontecimentos políticos e militares que levaram à independência e ao nascimento desta nação. De facto, foi aqui travada a batalha de S. Mamede entre D. Afonso Henriques contra a sua mãe D. Teresa, aliada do conde Fernão de Trava da Galiza, no qual D. Afonso acabou por triunfar e tornar-se posteriormente o primeiro rei de Portugal.
Envolvida na neblina, esta cidade medieval, património mundial parece ainda ficar mais misteriosa e bonita!
Depois de termos estado no castelo, do século X, cuja função principal era a de defesa da população cristã e do convento, construído ali perto, dos mouros, visitamos, também, o palácio dos duques de Bragança!
Esta fortaleza apalaçada, inspirada nos
châteaux do Loire, foi mandada construir pelo primeiro duque de Bragança (D. Afonso), cinco séculos mais tarde. No seu interior, podem ser admiradas várias peças de mobiliário antigo, porcelanas da companhia das Índias, faianças portuguesas, tapeçarias e pinturas nas várias divisões (as fotos no interior do local estão interditas).
Adorei os jardins verdejantes e floridos, as ruas estreitas, a acinzentada arquitetura dos bem preservados edifícios, a grandiosidade das suas várias igrejas e o interessante centro histórico, um autêntico museu a céu aberto!
O tempo amainou e até à cidade
Peso da Régua, passamos por uma das zonas de produção vinícola com mais de dois mil anos de história: o alto douro vinhateiro, uma das mais antigas regiões demarcadas do mundo (1756) de onde sai o vinho do Porto, famoso em todo o mundo.
Ali, estão situadas as mansões senhoriais e as quintas centenárias com as suas terras envolventes, numa paisagem moldada em socalcos que descem vertiginosamente ao longo do rio Douro. Em 2001, foi classificada pela UNESCO como paisagem natural.
Apesar de se desconhecer as origens do nome desta cidade, pensa-se que aqui teria existido uma casa romana com o nome de
villa reguela. O maior desenvolvimento da
Régua foi a partir do século XVIII, com a criação da real companhia geral da agricultura das vinhas do alto douro, na primeira região demarcada do mundo, pelo marquês de Pombal, seguido do aparecimento da linha ferroviária e da estação de comboios.
É, também, conhecida como a capital internacional da vinha e do vinho, por ficar exatamente no centro dessa região e onde existe o museu do Douro.
Gostei essencialmente dos jardins floridos, da vista rio e de alguns edifícios nomeadamente a biblioteca municipal.