Mesquita de Córdoba
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Mesquita de Córdoba


     Há dez séculos atrás, Córdoba era a capital da Espanha Islâmica.Era o centro cultural e intelectual de toda a Europa. Suas ruas fervilhavam de gente, chegando a 900.000 moradores. Para se ter uma ideia, hoje a população da cidade é de 320.000. Até que em 1236 os mouros foram expulsos pelos cristãos e junto com a queda da cidade vieram as pilhagens e as destruições do edifícios antigos. Muito se perdeu desta época, mas Córdoba ainda possui traços de seu legado mouro, principalmente na sua Mesquita.

     A Mesquita é uma jóia da arquitetura islâmica e um dos símbolos mais fortes da passagem dos mouros pela Espanha. Ao entrar nela pela primeira vez, o impacto visual é estrondoso e dificilmente será esquecido. São centenas de colunas e arcos listrados de branco e vermelho com um aspecto fantasmagórico. É praticamente um milagre que tenham sobrevivido 856 pilares dos 900 originais, então a visão que temos hoje é bem similar a sua época áurea.

     Após acostumar-se com os arcos, vá direto ao coração da Mesquita, onde os fiéis se reuniam para orar. O Mihrab era o lugar sagrado onde o Alcorão era guardado. O Alcorão que aqui estava foi escrito a mão pelo próprio Califa e foi untado em seu sangue. Outro tesouro especial também fica guardado aqui: um osso do braço direito do profeta Maomé. Hoje esses tesouros não estão expostos, mas o Mihrab continua lindamente adornado por jóias,mosaicos coloridos e azulejos dourados.

     Deixe para o final a Catedral católica existente dentro da Mesquita. É isso mesmo que você acabou de ler. A maior e mais importante Mesquita da Europa é agora uma Catedral. Trago aqui as palavras que o Imperador Carlos V falou para seus arquitetos ao ver o resultado final da sua obra: " O que vocês construíram aqui pode ser encontrado em qualquer lugar, mas o que vocês destruíram não existe em nenhum lugar".

     Como uma imagem vale mais do que mil palavras, deixo aqui uma sequência de fotos que registrei durante a viagem, espero poder passar um pouco a essência do lugar.




  Postado por  Vinicius Buccazio  em 27.04.2012  



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