Se pudesse definir com uma única palavra a cidade de
Marraquexe, diria "extenuante"! Porque, apesar de não ser a capital de Marrocos (que é Rabat), é uma das cidades mais visitadas turisticamente. E cansativa, também!
O seu cartão postal, sem dúvida, é o minarete da
mesquita Koutoubia, o edifício mais elevado da cidade (nenhum outro pode ser construído mais alto), embora a atração principal desta cidade seja a maior
praça de toda a áfrica: a
Jemaa El Fna (e se de dia, é uma coisa, à noite tudo se transforma)!
Mas existem muitas mais atrações a serem descobertas nesta cidade. Venha, agora, descobri-las comigo!
Antes, disso...
10 de Novembro de 2015, 19.00H, Riad Amra (Marraquexe)- finalmente, chegamos, depois de meio dia passado em dois autocarros, num avião, na emigração caótica no aeroporto de Marraquexe-Menara, na procura da mala (que infelizmente, teve de ir como bagagem de porão) e no
transfer até ao
riad (a típica casa Marroquina com um pátio central aberto). Cansaço!
Depois de recebidos com um maravilhoso chá de menta e bolinhos, deixamos as malas no quarto e fomos tentar desbravar um pouco da cidade e da praça caótica que nos esperava!
Objectivo nº1: trocar euros por dirhams (1 para 10), trocados por baixo do hotel Ali (com a melhor taxa de cambio por nós encontrada; sugestão do recepcionista do nosso riad), bem próximo da praça!
O jantar? Umas
brochettes (espetadas) de frango com umas entradas estranhas (beringelas, pimentos, tomate, azeitonas, folhado de amendoim e pão típico) fizeram parte do cardápio dessa noite, numa dessas barracas de rua, transformados em autênticos restaurantes, no final da tarde!
A praça congestionada por pessoas, estava transformada com uma espécie de jogos, contadores de histórias, vendedores ambulantes (de tudo e mais alguma coisa), bancas de sumos de laranja ( (a 0,4€; mas que eu não tive a coragem de experimentar), senhoras pintadoras de henna, músicos, dançarinos (alguns em verdadeiro transe), acrobatas, passeios de caleches e alguns policiais fardados!
11 de Novembro de 2015, 04.30H- sobressalto! Meio estremunhada acordo ao som alto do primeiro chamamento da oração do islão. Pergunto, a mim própria: mas porque é que fui escolher um alojamento aqui tão perto de uma mesquita, na zona da medina- a zona antiga da cidade? Voltei a adormecer, mas uma hora depois....era novamente o chamamento da oração do islão mas de uma outra mesquita. Ai, como já estava a ver
(ouvir)....esta viagem prometia!
Depois do pequeno-almoço era momento, agora, de desbravar a cidade mas de dia! Iniciamos o passeio no jardim da maior
mesquita da cidade, o principal local de adoração dos muçulmanos (a entrada da mesma está interdita aos não muçulmanos como acontece na maior parte das mesquitas de Marrocos; à exceção de Casablanca- está visto que tenho de regressar a Marrocos para visitar outros locais) e um dos edifícios mais antigos, do século XII, depois da fundação da cidade de
Marraquexe!
Ao lado da
mesquita Koutoubia, designada, também, como a "mesquita dos escribas" (existia aí um pequeno mercado de cópias de textos religiosos) existem as ruínas da mesquita anterior, onde estão bem visíveis as bases dos pilares da sala de oração, destruída no sismo em 1755 (o mesmo que arrasou Portugal), onde tiramos muitas fotos!
Depois fomos para os
souks (mercados), não sem antes passarmos pela praça central da medina, o coração histórico e espiritual da cidade: a
praça Jemaa El Fna, (e parece que todos os caminhos ali vão dar), património mundial da UNESCO! Outrora local de execuções (o próprio nome indica "assembleia dos mortos") e onde as cabeças dos criminosos decapitados eram expostos, a praça já não apresenta algo tão terrível, a não ser (para alguns) temerosas serpentes e/ou macacos saltitões!