Enquanto que a Inglaterra é bastante plana (mais do que estava à espera), a Escócia apresenta paisagens supreendentes devido à sua multi-diversidade. Existem as
Highlands (altas montanhas no Norte) e as
Lowlands (baixas montanhas no sul) divididas pelas cadeias montanhosas designadas por
Trossachs.
Além das montanhas, das ruínas, dos castelos, da luxuriante vegetação, da natureza mágica (devido à névoa frequente), dos lagos brilhantes, do clima bem rigoroso, do traje nacional (o
kilt), da música peculiar (devido à gaita de foles), da bebida mundialmente famosa (o
whiskey), a Escócia orgulha-se da sua independência e identidade própria em relação à restante Grã-Bretanha e só aceitou a sua aliança com a Inglaterra, em 1707, por ter sido feita por um rei Escocês.
Apesar de ter tido sempre muito menos população que a Inglaterra, este país nunca foi ocupado pelos Romanos e ao longo dos séculos foi o cenário de muitas invenções (
Watt criou o 1º motor a vapor da Revolução Industrial,
Bell inventou o telefone,
Fleming descobriu a penicilina...até o primeiro clone de ovelha (
Dolly) foi feito na capital).
No dia seguinte, viajamos até à cidade de
Stirling que cresceu em redor do castelo. Situado sobre um rochedo de origem vulcânica, este castelo foi um dos mais importantes na defesa da Escócia (pelo que se sabe, deverá ter sido atacado pelo menos umas 16 vezes). Aqui ocorreram importantes batalhas, por exemplo: em 1297,
William Wallace (quem não viu o filme
Braveheart,
com o Mel Gibson?) venceu as tropas Inglesas, conquistando o castelo.
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Na entrada do castelo |
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Junto ao Palácio |
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Casa dos duques de Argylll (do século XVII) |
A cidade antiga está dentro das muralhas originais, construídas no século XVI, para defender a Rainha
Mary (rainha dos Escoceses) do rei
Henry VIII.
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Paliçada inferior |
E depois de termos admirado uma bela vista sobre a cidade nova, fomos ver o interior onde estivemos a ver os belissimos frescos de Valentine Jenkins, na capela real (esta foi reconstruída no séc. XVI).
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Frescos do séc. XVII |
Vimos o
Great Hall que tem um tecto muito peculiar (feito de carvalho, mais parecem os alicerces de um barco colados no tecto), as cozinhas Reais (existem manequins a preparem refeições e pão), a Igreja de
Holy Rude (onde o rei
James VI e I de Inglaterra foi coroado), o Museu do Regimento e uma antiga prisão.
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Tecto do Great Hall (em baixo o pormenor do brasão numa tapeçaria) |
O plano original não era ir a
Glasgow, mas como não tinhamos GPS a não ser no telemóvel e este estava sem bateria, fomos comprar um carregador de isqueiro para o telemóvel, nesta cidade.
Glasgow foi o berço da Revolução Industrial, uma cidade essencialmente comercial com a indústria do algodão e dos maiores navios do mundo. Apesar da capital da Escócia ser
Edinburgh, a cidade com maior número de habitantes é
Glasgow. Achei-a um bocado cinzenta (ainda por cima começou a chover...mas aproveitamos para lá almoçar...) e desprovida de grandes atracções (a comparar com a capital). Estivemos a ver o enorme Campus Universitário, uma misturada de edificios bem antigos e outros modernos, as esculturas de
James Watt e de
Thomas Graham (quem não se lembra da coloração de
Graham nas aulas de Biologia...não é meninos, da área de saúde?).
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Em cima: estátua de Thomas Graham Em baixo: vários edifícios
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Depois do almoço rumamos em direcção ao norte! As estradas íngremes, as bonitas paisagens naturais (bonitos e cintilantes lagos, cascatas e neve no pico das montanhas, vegetação luxuriante, grande quantidade de animais), os chuviscos ocasionais e a neblina constante fizeram parte deste passeio!
Fomos até
Glencoe que possui uma paisagem magnifica mas que tem uma história cheia de de violência (houve aqui um grande massacre de Escoceses no século XVII). Está situada na margem sul do Rio
Coe com um lago de água salgada, o
Loch Leven. Este local é ideal para caminhadas e escaladas no Verão. E após o chá das cinco num hotel de zona (e de conversa com o dono do hotel) fomos até
Fort William, uma das maiores cidades da costa ocidental (quem diria?).
Estas zonas tem vindo a atrair muitos turistas, especialmente depois da exibição dos filmes do
Harry Potter, Rob Roy e
Braveheart, uma vez que foram aqui filmados.
E de
Fort William fomos para o
Memmorial Comand (monumento dedicado aos homens da Segunda Guerra Mundial, o ponto mais alto onde estivemos e onde sentimos mais frio,) mas a chuva e o tempo dissuadiram-nos de continuar e regressamos a
Edinburgh (como foi bom ver o por do sol às 21H30!).
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Fort William |
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Memmorial Comand |
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Ampliação do cume das montanhas (32X) |
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Foi bonito ver a paisagem entre a Escócia e a Inglaterra, com os seus campos verdejantes e cheios de casinhas e animais (o cenário é tipo "figurinhas de presépio com musgo à volta"). Paramos na fronteira e vimos a muralha de Adriano (o nome foi dado...
Edinburgh, considerada como "uma das cidades mais vibrantes da Europa", capital da Escócia desde o século XV e situada na margem sul do Rio Forth, apresenta duas zonas distintas: a zona antiga medieval (classificada como Património da Humanidade em...
No dia seguinte (e último em Londres) decidimos ir a Windsor, onde existe o castelo habitado mais antigo do mundo e a residência oficial da Rainha e familia Real. Este castelo foi construído com o objectivo de proteger a entrada ocidental...
No dia seguinte, saímos de comboio bem cedo para a estação de Victoria Station e passamos bem perto de Buckingham Palace. O dia estava lindo (para a Grã-Bretanha é claro): um brilhante céu azul, com apenas algumas nuvens! Apesar de estar fechado...
Sei que tenho andando desaparecida deste blog, mas é por uma boa razão. Sim, fui viajar e confesso que preparar e planear uma viagem dá muito mais trabalho de que quando se compra o pacote numa agência de viagens que nos dá a papinha toda feita e...