Atenas, cidade com 3500 anos, viveu a sua época gloriosa no período clássico da Grécia Antiga, do qual sobreviveram inúmeros edifícios, nomeadamente o seu mais emblemático - Acrópole. As acrópoles eram "cidades altas" ( ἄκρος - "alto", e πόλις - "pólis"); construídas no ponto mais elevado das cidades. No século V a.C., a Idade do Ouro ateniense, Pericles terá mandado construir este majestoso local. No entanto, sob domínio Otomano durante o império Bizantino, Atenas perdeu importância vindo a recupera-la só em 1834 quando se tornou capital da Grécia.
A Acrópole domina sobranceiramente toda a cidade há mais de 2000 anos e é a mais conhecida e famosa das acrópoles da Grécia. Apesar de não ser a única acrópole, a Acrópole de Atenas é certamente a mais famosa de todas. Para os povos ocidentais ela e simplesmente conhecida como a Acrópole, tal e o seu significado. Situada numa colina rochosa de topo plano com 150 metros de altitude, abriga algumas das mais famosas edificações do mundo antigo, como o Partenon e o Erecteion.
A acrópole destaca-se na paisagem ateniense, localizada num patamar sobranceiro e apenas acessível a pé pelo lado oeste, onde é ligada à
colina do areópago por uma estreita passagem. É formada por rocha calcária azul-cinzenta, muito dura mas permeável, que cobre camadas de xisto arenoso, macio como a pedra calcaria mas impermeável. Esta combinação permite a formação de fontes de água e lapiás no sopé da colina, que são factores de atracção para ocupação humana em redor da colina desde a pré-história.
Pericles, no século V a.C. persuadiu os atenienses a iniciar na cidade um grandioso programa de construção que consagrasse a hegemonia politica e social da Grécia, resultando uma obra grandiosa dedicada a Atena, deusa padroeira da cidade. A acrópole de Atenas serviu originalmente como protecção contra os invasores, dai estar cercada por muralhas. No entanto, Pericles dotou-a de três templos e uma entrada monumental.
A maior parte das estruturas da Acrópole de Atenas estão em ruínas, destacando-se no entanto o Propileu, o portal para a parte sagrada da Acrópole; o Partenon, templo principal de Atenas; o Erecteion, templo dos deuses do campo, e o Templo de Atena Nike, simbólico da harmonia do estado de Atenas.
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O Propylaia e o Templo de Atena Nike - porta de entrada da Acrópole |
O Propylaia (ou Propileu), enorme entrada da Acrópole, foi construída em 437 a.C. e, embora a Guerra do Peloponeso tenha abreviado a sua construção, esta e admirada em todo o mundo. Com cinco portas de entrada, filas de colunas jónicas e doricas e um vestíbulo com tecto azul decorado a estrelas douradas, serviu de residência ao arcebispo, palácio franco e fortaleza turca. Para além da sua atribulada história, foi atingida por relâmpagos em 1645 e vitima de uma explosão num armazém de pólvora instalado pelos turcos.
O
Templo da Atena Nike (Vitoria), na entrada, comemora as vitórias dos atenienses sobre os Persas e um friso (exposto no museu da acrópole) contém cenas da Batalha de Plataiai. O templo está implantado sobre um bastião de 9,5 m e foi usado como posto de observação e santuário da deusa da vitoria, Atena, ostentando colunas jónicas com 4 m de altura. Diz a lenda que foi daqui que o rei Egeu se lançou ao mar, acreditando que o seu filho Teseu fora morto, em Creta, pelo minotauro.
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Erectheiron |
O Erectheion situa-se na zona mais sagrada da Acrópole e diz-se que foi aqui que Posidon deixou marcas do seu tridente numa pedra fazendo brotar a oliveira de Atena (dai que ainda hoje cresça uma oliveira no local) quando ambos disputavam o domínio da cidade. O templo deve o seu nome a Eritreu, rei mítico de Atenas, e era um santuário dedicado a Atenas Polias e a Erecteu Posidon. As colunas em forma de mulher e a arquitectura jónica concedem-lhe um carácter excepcional. O Pórtico das Cariatides, em que as estátuas das mulheres substituem as colunas, sofrem um dos ataques mais ferozes da actualidade, a poluição. Com os rostos visivelmente degradados devido as chuvas ácidas foram substituídas por cópias e as originais repousam no Museu da Acrópole (um dos melhores museus do mundo de arte grega).
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Partenon |
O Partenon, um dos monumentos mais reconhecidos em todo o mundo, foi concebido pelos arquitectos Calicrates e Ictinos para receber a estátua de Atena Parthenos (em ouro e marfim) com 12 metros de altura, da autoria de Fidias (uma cópia romana esta hoje exposta no Museu Arqueológico Nacional). Após 9 anos de construção, o templo foi alvo de uma história conturbada através dos séculos que se seguiram. Foi usado como igreja, mesquita e arsenal de pólvora. Chegou, inclusive a ser bombardeado por canhões pelos venezianos no século XVII. Nesta altura, os turcos utilizavam o edifício para armazenar pólvora pelo que a explosão praticamente destruí-o.
Todo o Partenon foi construído numa proporção de 9:4 para que o templo parecesse simétrico. Os escultores usavam truques visuais para neutralizar as leis da perspectiva. O edifício apresenta um friso exterior constituído por triglifos e metopas (o que restou do friso esta maioritariamente exposto no museu da acrópole, estando muito pouco visível no local), colunas cilíndricas de mármore com caneluras e degraus encurvados para cima ao centro (dando a ilusão óptica de que estavam direitos).
Hoje, o Partenon foi reconstruido e a sua aparência assemelha-se a que teria tido no século V a.C., com 70 m de comprimento e 30 m de largura. Na parte exterior da Acrópole, embutido nas rochas da vertente sul, existe o Teatro Herodes Atico, romano, com mais de 5 mil lugares sentados, construído no século II. Poucos metros ao lado, o Teatro Dionisio e considerado o berço da tragédia grega, onde Esquilo, Sofocles, Euripedes e Aristofanes viram as suas peças serem representadas.
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Teatro de Herodes Atico |
A obra mais contemporânea é o moderno Museu da Acrópole que exibe uma colecção fabulosa dos artefactos encontrados no local durante as escavações de que foi alvo. Para além disso, o seu acervo conta com inúmeras esculturas e estátuas retiradas dos edifícios, bem como os frisos e frontões. O edifício novo que alberga o museu foi construído sobre ruínas pré-históricas e o seu fundo em vidro permite-nos, mais uma vez, caminhar sobre um dos períodos mais afortunados da civilização humana.
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