Na maior cidade da Suíça central (Lucerna)!
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Na maior cidade da Suíça central (Lucerna)!




Quase saída de um conto de fadas, Lucerna (Luzern ou Luzerne) transporta-me para um mundo do faz de conta, deste país surreal!

Fico hipnotizada com os seus extraordinários edifícios (alguns autênticos casas de bonecas), as suas antigas pontes de madeira contadoras de histórias (uma delas é o cartão-postal da cidade), as suas pouco rebuscadas igrejas, o seu enorme lago brilhante (Lucerna) cheio de cisnes (a evidenciar a boa qualidade da água)...

E das montanhas nevadas até às suas nobres muralhas medievais tudo é extremamente bonito, ainda para mais, está um dia fantasticamente azul e MA-RA-VI-LHO-SO!

Um dia, sem dúvida, para recordar!


A partir da estação central de Zurique (existem comboios de meia em meia hora) fomos de comboio até Lucerna, uma viagem extremamente prazerosa mas cara (pelo que é aconselhável comprar os bilhetes antecipadamente pela net, pois são apenas 50 km entre as duas cidades).

Sendo a maior cidade da Suíça central, Lucerna situa-se na margem oeste do lago com esse mesmo nome (o rio Reuss é o quarto rio mais longo da Suíça e atravessa o lago Lucerna de onde sai para norte e desemboca no rio Aar) tendo surgido com um pequeno povoado piscatório e, mais tarde, sido um importante porto comercial.

Envolvida em fortes disputas politicas e religiosas durante a idade média, Lucerna dinamizou-se graças ao turismo, a partir do século XIX, o qual continua até hoje (existem comboios de meia em meia hora a partir de Zurique)!

Como a parte antiga da cidade é bastante compacta, muito fácil de explorar a pé, iniciamos assim o nosso passeio (e digo no plural, porque fui acompanhada de um dos filhos da minha anfitriã e uma amiga sua, local residente na cidade).

Depois passamos por baixo da kapellbrücke, uma das pontes pedestres coberta da madeira, que cruza o rio na diagonal e que é o símbolo da cidade (não resisti a tirar aqui imensas fotos)!

            


Antigamente, esta ponte fazia parte das muralhas da cidade e tinha como função defende-la dos ataques vindos lo lago. Ligada a ela, no centro do rio existe uma construção octogonal- a torre de água- que serviu de farol, prisão e até como guardiã de tesouros. A ponte foi reconstruída há duas décadas atrás (a original era do século XIV), incluindo os painéis pintados com imagens dos mártires/padroeiros da cidade.


                     


No extremo ocidental da cidade velha existe uma outra ponte: a Spreuerbrücke, também coberta e em madeira que liga as duas margens do rio Reuss, do século XV e com painéis pintados do século XVII!






Mas todos os edifícios ao seu redor não ficam atrás! E acredito que no inverno, com neve, apesar do frio, a cidade fique ainda mais espetacular!





E depois, haja fôlego, subimos até às muralhas medievais, situadas a norte. Que belas vistas! Sobre as igrejas, casas e praças do centro antigo ate às zonas mais modernas (mas com menos graça).






Dentro das muralhas vimos ainda uma interessante exposição de relógios, com os seus mecanismos antigos (como este de 1526), nas únicas quatro torres abertas (e gratuitas) ao público!




Seguimos, então, viagem até chegarmos a um pequeno lago com a escultura de um leão moribundo, esculpido diretamente na rocha, para homenagear os guardas suíços massacrados na revolução francesa (defensores do palácio das Tulherias, em 1792; muitas famílias nobres incluindo Luís XVI solicitavam a sua defesa a mercenários Suíços), tendo sido inaugurado em 1821!


                        



Na parte da tarde (após termos dado umas boas voltas de autocarro pelos arredores e termos almoçado uns bons pratos de massa num restaurante de shopping) visitamos duas igrejas reconstruídas no lugar de antigas capelas: a Franziskanerchirche (esta igreja franciscana é o edifício mais antigo de Lucerna- século XIII- e apresenta pinturas barrocas, embora seja de estilo gótico) e a Jesuitenkirche (ou: igreja jesuíta de S. Francisco, foi construída no século XVII, embora as suas cúpulas bolbosas só tenham sido terminadas há dois séculos atrás- na quarta foto, seguinte) antes de retornamos ao cartão postal da cidade (de onde tiramos mais fotos) e comprarmos souvenires e bebidas frescas, antes do regresso de comboio a Zurique!












Passados uns quatro meses ainda me recordo tão bem desta cidade tão bonita e tão limpa, com as suas espetaculares fachadas pintadas e das vistas maravilhosas das muralhas. Não é à toa que o compositor alemão Richard Wagner passava por aqui várias vezes e a cidade seja palco de um festival internacional de música!





Obrigada Ruth e João por este dia espetacular!





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