Dublin em 24 horas! (Parte 1)
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Dublin em 24 horas! (Parte 1)


Últimos dois dias de férias e estávamos nós, agora, em Dublin, na capital da República da Irlanda! E, francamente, como as minhas expetativas sobre esta cidade eram baixas, muito baixas (comparando com cidades como a luminosa Lisboa, a exótica Istambul, a animada Barcelona, a grandiosa Paris, a majestosa Londres, a deliciosa Bruxelas ou até mesmo a irreverente Amesterdão), reservei apenas 24 horas para a conhecermos e não é,  que até nos surpreendeu!

Na ponte O' Connell (rio Liffey)

Porque, apesar do tempo cinzento e da chuva chatinha, presentes na maior parte do tempo, até que conseguimos "picar" alguns dos seus pontos turísticos mais importantes desta cidade, residência de escritores famosos, incluindo a (habitação) de Bram Stoker que inventou o vampiro mais famoso de todo o mundo: Drácula, inspirado em Vlad Drácula, um sanguinário que viveu no século XV na Transilvânia (não liguem, ando novamente "vidrada" na Roménia!).




E vi nesta cidade, pequena capital, com pouco mais de meio milhão de habitantes (dos quatro milhões e meio que vivem neste país) bonitas maravilhas arquitetónicas, algumas zonas verdejantes, uma peculiar biblioteca com invulgares livros e aprender um pouco deste país mergulhado na história (adoro!) num museu super interessante (e gratuito!), aliado à simpatia dos seus habitantes (incluindo vários Brasileiros que adoram viver na Irlanda).








Após termos deixado a viatura no estacionamento do hotel Ardmore, situado a seis quilómetros do centro, fomos até lá de autocarro [seguimos as indicações dadas pelo hotel: tomamos o autocarro nº140 (ou 40d), no lado oposto do hotel; colocamos as moedas exatas de 2,60€ na máquina automática de moedas,  na frente do motorista, e pedimos um bilhete para o centro da cidade "city centre" ou "Hotel Ardmore" no regresso].




Passamos pela O' Connell Street: uma das avenidas mais movimentadas, importantes e largas, graças a ter sido a última zona (norte do rio) da cidade, a desenvolver-se, no século XVIII. Ladeada por majestosos edifícios e bonitos monumentos, de vários estilos arquitetónicos, foi aqui que vimos a "rotunda hospital", a primeira maternidade da europa, dois museus e dois teatros, desta zona considerada a mais chique e residencial da capital.




Dublin (Dubh Linn) deve o seu nome a um "lago negro" que aqui existia, formado na  confluência de dois rios: o Liffey e o Podle, este último situado na zona do castelo, local esse onde a cidade cresceu e se desenvolveu inicialmente, sabendo-se inclusivamente que era aqui povoada na época pré-histórica. Os Vikings estabeleceram-se aqui em 841 e depois da invasão de Strongbow em 1170, surgiu aqui a cidade medieval.



Posteriormente, foram construídas fortes muralhas defensivas à volta do castelo. Os Anglo-normandos deixaram outros testemunhos como a Christ Church Cathedral, mandada construir um século depois, no lugar de uma antiga igreja de madeira dos Vikings, do século XI, tendo sido restaurada em 1870.





Com a expansão para norte e leste, as ruas estreitas de Temple Bar tornaram-se um bairro de mercadores desta zona tão famosa, com uma grande variedade de cafés e lojas, apesar de ser muito mal frequentada no século XVIII.




E a "cereja" no topo do bolo foi mesmo a ida a um pub a sério ["em qualquer ocasião que chova ou caia um vendaval, procure o pub mais próximo"- o lema de qualquer irlandês], neste caso no "The Temple Bar" (o nome do bar é idêntico ao da zona) com típica música irlandesa ao vivo onde nos deliciamos (mas não nos convenceu) com a última Bulmers (cidra de maça) e a última Guiness, a cerveja preta distinta da região, pelo seu sabor característico a malte com espuma cremosa, depois de termos visto (por fora) ainda a fábrica, um pouco afastada do centro (outra das suas grandes atrações locais é visitar a Guiness Store House, perto da verdadeira fábrica da Guiness).








                                                                                                                                       (continua)



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