A teoria física que abarca o nosso conhecimento e visão do mundo dos átomos e partículas subatómicas chama-se Mecânica Quântica, e serve de base para todos os desenvolvimentos tecnológicos dos séculos XX e XXI. A sua concepção foi em 1925, na cidade de Goettingen, por um grupo de físicos alemães, Werner Heisenberg, Max Born e Pascual Jordan (com contribuições posteriores de Wolfgang Pauli e Erwin Schrodinger, de origem austríaca, e o inglês Paul Dirac), mas o seu parto foi feito em Copenhaga. Foi um parto difícil e prolongado; as bases matemáticas da teoria eram novas e pouco conhecidas dos físicos da altura, mas ainda assim relativamente acessíveis e passíveis de aprendizagem, mas o ponto fulcral era a interpretação da teoria.
As novas ideias teóricas tinham um sucesso experimental sem paralelo na história da Física, mas o mundo das partículas parecia obedecer a leis que nada tinham a ver com o senso-comum baseado no quotidiano à escala do ser humano. Após uma longa batalha entre diferentes pontos de vista, chegou-se a um consenso que ficou conhecido como a "Interpretação de Copenhaga" e, apesar deste consenso ainda hoje ser longe de consensual (!), pode dizer-se que a Mecânica Quântica surgiu aí como uma teoria física completa e basilar do conhecimento científico da humanidade.
Nesta fase da consolidação da teoria, foi fulcral a figura de Niels Bohr, um físico dinamarquês da geração anterior, que já tinha feito contribuições fundamentais para a génese da teoria em 1913, aquando da sua estadia no Reino Unido. Regressado à Dinamarca e determinado em fazer crescer a Universidade de Copenhaga, Bohr continuou na vanguarda da física teórica, e, com a ajuda de fundos privados e públicos, Bohr fundou em 1921 o Instituto de Física Teórica (http://www.nbi.dk/nbi-history.html) onde, num clima pós-guerra mundial de pouca comunicação entre os lados beligerantes, tentou fazer da cooperação entre a comunidade internacional de físicos a pedra basilar do desenvolvimento científico.
E com sucesso! O Instituto rapidamente se tornou uma instituição de renome mundial, onde se encontravam físicos de várias nacionalidades, unidos pelo desejo de conhecimento.
Em 1926, Heisenberg aceitou uma posição no instituto e Schrodinger juntou-se-lhes como visitante. Das discussões entre Bohr e Schrodinger (com visões antagónicas sobre a teoria), Heisenberg fez a sua própria análise e síntese, que publicou num artigo histórico, enunciando o agora famoso Princípio de Incerteza (http://pt.wikipedia.org/wiki/Princípio_da_incerteza_de_Heisenberg). Logo de seguida, Bohr cimentou os fundamentos da teoria com o conceito de complementaridade, e a interpretação de Copenhaga tinha nascido.
Bohr prosseguiu a sua carreira, dedicando-se à física nuclear e ao seu uso pacífico e deixando uma lista quase interminável de brilhantes alunos e colaboradores. Morre em 1962, mas a sua herança científica continua bem viva, algo que se pode testemunhar na sua amada cidade e na sua criação, o agora denominado Instituto Niels Bohr, hoje um centro de investigação internacional, com grupos que se dedicam a áreas tão diversas como a astrofísica da matéria escura ou o gelo e mudanças climáticas (ver http://www.nbi.ku.dk/english/). No mesmo instituto, encontra-se o Arquivo Niels Bohr (http://www.nba.nbi.dk/), com uma vasta colecção de todos os trabalhos de Bohr e seus colaboradores mais próximos, prevendo-se uma gradual digitalização completa dos documentos e sua disponibilização livre na Web.
Para os turistas e interessados pela Física, Copenhaga tem assim uma variedade de locais históricos que podem ser visitados (não só relacionados com Bohr, mas também com outros cientistas dinamarqueses), existindo até um guia! Quem estiver interessado em planear um circuito histórico científico, deve consultar: http://www.nba.nbi.dk/Physical_Tourist_Copenhagen.pdf.
Locais como a casa onde Bohr nasceu (bem perto do centro governamental), ou onde o pai de Bohr (um reconhecido professor de fisiologia) ensinou e residiu com a família (na zona de Nyhavn e hoje convertido num museu) não passam despercebidos ao olhar mais atento, mas a principal atracção é, claro está, o famoso instituto, onde é possível visitar o escritório de Bohr, conservado como ele o deixou, e o anfiteatro onde se deram alguns dos mais importantes encontros da física do século XX, ainda com os quadros e bancadas originais e onde hoje se continuam a dar aulas de física a jovens de todo o mundo ávidos de conhecimento. E isso, 50 anos após a morte de Bohr, é talvez o melhor tributo que se pode dar à história deste local único.
Na primeira fila, da esquerda para a direita: Klein, Bohr, Heisenberg, Pauli, Gamow, Landau e Kramers. (http://www.nbi.dk/nbi-history.html)
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