Viagens
Vaticano
No nosso terceiro dia em Roma saímos cedinho do hotel para visitar o
Vaticano. Como o objetivo principal era visitar os museus do Vaticano (com especial atenção à
Capela Sistina), melhor reservar o dia inteiro na nossa opinião.
O trajeto de metrô é bem rápido e barato (1 euro o trecho, apesar do Vaticano ser um território indepentente) e em poucos minutos estávamos na estação Ottaviano, a mais próxima do Vaticano.
O Museu do Vaticano fica no Palácio Papal e só pela Capela Sistina e as salas "de Rafael" já valem a visita, mas não vamos menosprezar o extraordinário conjunto artístico, um patrimônio inestimável. A Capela Sistina pelos afrescos de Michelangelo (1508-1512), onde ele pintou a Gênese no teto e o Julgamento Final em um dos muros. Eh lá que se reúnem os cardeais durante os conclaves.
Impossível não sentir uma emoção profunda, quando vemos a qualidade e a dimensão do trabalho. Durante 4 anos Michelangelo trabalhou sozinho com o pescoço para cima. Se para olhar, após alguns minutos já estamos com dor no pescoço, imaginem um trabalho árduo de horas e horas sem pausa?
Existem vários percursos para visitar o museu (que pode durar de meia hora à 5 horas ou mais!), e nós optamos, desde à chegada (abertura), apressarmos o passo e irmos direto (pelo caminho mais curto) visitar a Capela Sistina. Depois de muito tempo lá dentro, observando cada detalhe de uma das maiores obras de arte do mundo, continuamos a visita pelo percuso detalhado para aproveitarmos o máximo possível. Confesso que para o meu gosto de modesta conhecedora de arte, prefiro a obra de Rafael, e então me deliciei com as salas que ele pintou para o Papa Jules II (4 no total). Acredito que visitamos todos os museus e todas as salas, mas já não posso dizer que a minha cabeça absorveu tudo!!! E posso dizer que é melhor que nunca haja um incêndio ou algo de perigoso, pois é impossível interromper a visita pelo meio! A única opção, após haver feito uma escolha, é seguir a multidão!
Quando terminamos de visitar todos os museus já era metade da tarde e fomos visitar a Praça São Pedro e a Basílica de São Pedro (onde encontramos a tumba de São Pedro). Praticamente todos os grandes arquitetos da Renascença e do Barroco particuparam da criação da mais famosa basílica do Cristianismo, e a maior igreja cristã do mundo (mais de 2 vezes o tamanho da Notre-Dame de Paris). Se a cúpula foi desenhada por Michelangelo (arquiteto, pintor, escultor, etc), a decoração interna e a praça são criações do grande artista italiano e gênio do Barroco, Bernini. A famosa Pietá de Michelangelo encontra-se magistralmente lá, protegida por um vidro e alguns metros longe do público.
Ficamos um pouco decepcionados pois a praça estava bem bagunçaga, impossível fazer uma boa foto... depois nos demos conta que se tratava de toda a preparação para a beatificação de João Paulo II.
Quando terminamos a visita da Basílica São Pedro já era final de tarde e nos encaminhamos tranquilamente à pé em direção ao Castelo Sant'Angelo, que inicialmente deveria ser o mausoléu do imperador Adriano, mas acabou sendo o de Augusto. Posteriormente teve funções militares e serviu como prisão. Mais tarde serviu de refúgio para os Papas e possui um corredor com acesso ao Vaticano. No século XX ele passou por muitas reformas e atualmente abriga um museu nacional com uma coleção de pinturas e armaduras.
Da ponte Sant'Angelo a vista do castelo é magnifíca!
Uma das 10 estátuas de anjo que ornamentam a ponte.
Para mim, mesmo quem não é católico nem religioso vai apreciar a visita, levando-se em conta que o visitante esteja interessado em história, arquitetura, arte ou cultura!
Informações Práticas:
Tínhamos a opção de reservar antecipadamente pela internet e evitar filas, mas além de acrescentar 4 euros por pessoa (além 15 euros do ingresso, gratuito no último domingo do mês, único domingo em que está aberto, e se não coincide com um feriado ou festa religiosa), a disponibilidade para os dias em que estávamos em Roma era apenas na parte da tarde, e como vimos que à tarde lota, preferimos ser um dos primeiros a chegar e olhar tudo com calma e atentivamente.
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