Uma das vantagens de se ter um apartamento em Midtown Manhattan (nem que seja partilhado e apenas por uns dias!) é que nos permite estar perto de muitas das atracções daquela parte da cidade. Da janela do nosso quarto víamos o Empire State Building, ali mesmo ao lado, e estávamos a uma distância a pé de muitos pontos de interesse. Por isso, num dos dias em Nova Iorque, resolvemos explorar Midtown a pé.
Primeiro, a grandiosa estação de caminhos de ferro
Grand Central Terminal (GCT), um espectacular edifício, com uma estrutura de aço mas revestido a gesso e mármore, faz lembrar os tempos gloriosos em que o comboio era o meio de transporte mais eficaz e mais glamoroso. Os transportes propriamente ditos ficam-se pelos níveis subterrâneos, mas o Salão Principal (
Main Concourse), com as suas enormes colunas e três grandes janelas, quase nos faz esquecer que estamos numa estação. E o tecto com constelações pintadas acrescenta ainda mais ao cenário de sonho.
A melhor perspectiva é aquela que se tem das escadarias, mas vale a pena deambular um pouco pelo espaço e admirar o rebuliço das pessoas que passam constantemente em todas as direcções. A estação serviu a
Amtrak, a empresa estatal federal de transporte ferroviário até 1991, ano em que este serviço mudou para a
Pennsylvania Station, localizada por baixo do
Madison Square Garden (e onde ainda passaríamos na nossa viagem de comboio de Boston para Filadélfia). Ainda assim, a GCT é considerada a maior estação do mundo, com 44 plataformas.
Perto, podemos visitar a
New York Public Library, fundada em 1895, e a maior biblioteca pública dos EUA. Compreende um vasto sistema de filiais e centros de investigação, que se estendem por toda a cidade. É financiado (desde o seu início) tanto por fundos privados como públicos e tem hoje uma colecção de livros, filmes, periódicos, etc, de mais de 50 milhões de itens.
O interior do edifício é por si só uma boa razão para se visitar, mesmo que não se vá usufruir dos serviços da biblioteca. Para além das salas principais de leitura, é possível visitar salas mais pequenas, dedicadas a temas mais específicos.
Outra biblioteca, desta vez inteiramente de origem privada, é a Morgan Library & Museum, antes conhecida por Pierpont Morgan Library. Construída no início do século XX, começou por ser a biblioteca pessoal do banqueiro J.P. Morgan Jr., que a tinha herdado de seu pai, Pierpont Morgan, e que a transformou em instituição pública em 1924. É uma colecção notável de livros, impressos e manuscritos, ilustrações e manuscritos pessoais e musicais, que se pode visitar num museu restaurado e expandido, que tem como base a antiga casa do banqueiro. Simplesmente, linda!
A maior atracção será talvez a Bíblia de Gutenberg (1455), mas para mim o maior prazer é simplesmente apreciar o ambiente, sentir o cheiro de livros antigos e apreciar a beleza das estantes cheias de livros. No escritório pessoal do banqueiro pode ainda espreitar-se o cofre-forte onde ele guardava os livros mais raros (e preciosos).
J.P. Morgan, financiou a Primeira Guerra Mundial, a recuperação da Alemanha falida e destruída, e ainda a ascensão de Mussolini. É assim a imagem perfeita daqueles poucos que, nos bastidores, mexem os cordelinhos do poder e ganham independentemente do curso da história (pelo menos, a maior parte das vezes!). Não terá assim a melhor e mais simpática aura a ele associada... No entanto, o mesmo homem foi capaz de ter a visão e a sensibilidade de nos deixar como legado uma colecção de livros únicos, como património da humanidade e para a humanidade. Pode dizer-se que, se não há bela sem senão, também não haverá monstros sem senão... E ainda bem!
loading...
Com a assustadora cotação do dólar, todo o gasto de uma viagem aos Estados Unidos deve ser ponderado. Ainda mais se seu destino for New York, um dos mais caros do mundo, ao menos no quesito hospedagem. Mas calma! A Big Apple possui muitas opções...
A área metropolitana de Boston é provavelmente a região do mundo com propriedade intelectual mais valiosa do mundo. Aqui se concentram dezenas de instituições de ensino superior, entre as quais se distinguem a Universidade de Harvard, a mais antiga...
Em que outra cidade seria possível ver uma ruiva esbelta entrar num Ferrari? Ok, podiam ser muitas... E se esse Ferrari estiver estacionado por baixo de uma ponte que faz parte do nosso imaginário? Está bem, ainda podiam ser algumas... Mas e se, como...
Nova Iorque é uma cidade magnífica, cheia de atracções turísticas e lugares para explorar. São necessários no mínimo cinco dias para conhecer a cidade. Mas, o ideal é fazer um roteiro de sete a oito dias pois permite conhecer melhor a cidade...
Learn by heart this poem of mine; books only last a little timeand this one will be borrowed, scarred,burned by Hungarian border guards,lost by the library, broken-backed,its paper dried up, crisped and cracked,worm-eaten, crumbling into dust,or slowly...