Depois de um dia em Belgrado que nos deixou exaustos, a noite passada no comboio foi bem dormida e descansada. Claro está que fomos acordados pelo "passport kontrol", mas dormimos que nem pedras até o revisor nos acordar, quando estávamos mesmo a chegar a Sófia. Enquanto me vestia à pressa, olhei pela janela, o comboio aproximáva-se da estação, e o chão estava coberto por uma fina camada de neve. Parecia que as previsões que tínhamos visto na net se iam confirmar: Sófia ia ser a cidade mais fria no nosso itinerário!
De mochilas às costas, fizemos o percurso a pé (25 min!) desde a estação até ao nosso hostel. Ficámos a saber que iríamos para um apartamento, mas desta vez partilhado com outros hóspedes. Depois de deixarmos as mochilas no quarto, era tempo de sair para visitar o centro histórico da cidade.
Capital da Bulgária desde 1879, o seu centro é dominado por algumas igrejas, edifícios ministeriais e o palácio real, sendo em todos evidente a influência do império russo e soviético.
Iniciamos o nosso percurso visitando (apenas por fora) a mesquita Banya Bashi, construída em 1576, e único local de devoção islâmica que ainda continua activo. Logo ao lado, depois de passarmos pelo Mercado Central (coberto), situa-se a sinagoga de Sófia, uma das maiores da Europa e um belo edifício de estilo mourisco.
Um pouco mais à frente, no meio de um shopping center subterrâneo (!), encontra-se a invulgar igreja de Sveta Petka, localizada num nível uns metros abaixo das ruas actuais que passam ao lado. Dedicada a uma mártir cristã morta no séc.III, a entrada é feita pela cripta, subindo-se uma (moderna) escada em espiral tem-se acesso à nave, construída no séc.XI, mas reforçada com cimento no séc.XX. Ainda se podem observar fragmentos de frescos do séc.XVI, com cenas do Novo Testamento.
Do outro lado da avenida, num pátio entre o Hotel Sheraton e a residência presidencial, situa-se a igreja mais antiga de Sófia, a belíssima Rotunda de Sveti Georgi. Construída em tijolo vermelho, é um tesouro escondido mesmo no meio da cidade. Atrás da igreja podem observar-se ruínas romanas escavadas, sendo que o próprio edifício da igreja é anterior ao séc.VI, data a partir da qual começou a ser usada como local de devoção cristã, sendo por fim convertida em mesquita no séc.XVI. Por dentro,a cúpola é revestida de várias camadas de frescos medievais, sendo bem evidente que uns eram pintados em cima de outros. A História é mesmo assim...
Depois de passarmos pelo "Party House", o edifício construído em 1954 para albergar o Comité Central do Partido Comunista da Bulgária, e hoje sede do Parlamento, ao fundo da Bulevard Moskovska, esperavam-nos a igreja de Sveta Sofia, sede do bispado durante a Idade Média e a mais antiga em funcionamento da cidade, e o símbolo actual da cidade, a catedral ortodoxa de Aleksander Nevski. Erigida para comemorar a libertação da Bulgária do jugo dos turcos otomanos e em honra do papel da Rússia nessa conquista, é encimada pelas suas cúpulas douradas, sendo o seu interior muito espaçoso e repleto de frescos, com a iconóstase ao fundo (tal como é habitual nas igrejas ortodoxas), além do trono do Czar.
Por esta altura já era mais que tempo de almoçar, dar uma volta pela zona comercial e fazer umas compras para os próximos dias. Descobrimos assim que, num país com um ordenado mínimo de 110 euros, os preços da comida no supermercado estão ao nível do nosso país. Como é possível?
Apesar do Sol ter dado um ar da sua graça e nos ter dado a hipótese de o vermos (pela primeira vez nesta viagem!), a verdade é que a tarde estava no fim, fazia bastante frio e decidimos regressar à "base". Pela primeira vez tínhamos algum tempo livre para trabalhar nas crónicas de viagem e ocupamos os dois computadores disponíveis, sem dar hipótese aos outros hóspedes!
Às sete, e aproveitando o "free dinner" oferecido pelo hostel Mostel, fizemos uma pausa no "trabalho" e dirigimo-nos para o edifício que já foi uma estalagem à beira da estrada e que acolhia os viajantes com destino a Atenas. O jantar não era grande coisa (esparguete com molho de tomate) mas... a cavalo dado não se olha ao dente! Depois de jantar, ficámos a saber que havia um japonês que nos acompanharia ao mosteiro de Rila, marcado para o dia seguinte. Regressamos ao nosso apartamento, onde continuámos a trabalhar para os leitores do "Viajar entre Viagens". A vida de um bloguer viajante é mesmo assim... mas os nossos seguidores merecem!
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