Primeiro contato com a Tailândia
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Primeiro contato com a Tailândia


Pouco escrevi aqui no blog sobre a viagem incrível que fiz no ano passado para a Tailândia e hoje decidi começar a remediar essa imensa falta de consideração por esse país e povo que acolhe tantos turistas!!!

Se os brasileiros ainda não são multidão nesse canto do mundo, europeus, americanos, australianos e outros asiáticos são adeptos há muito tempo. As más línguas poderão tecer alguma ligação com o turismo sexual, mas isso seria ignorar todos os outros atrativos da Tailândia: um destino considerado barato, com praias paradisíacas, história e patrimônio cultural, povo acolhedor e comidas deliciosas. 

Mais uma vez, quando eu buscava um destino "bom-bonito-e-barato" e falei da Tailândia, meu marido fez cara feia e saiu com a sua frase agora bem conhecida: "mas todo mundo vai para a Tailândia!". Para ele não tinha nenhum mistério, nenhuma descoberta, e ainda por cima ele não curte muito praia ou ficar se dourando no Sol. 

Mas ele sabia mesmo assim que o país conta com sítios arqueológicos impressionantes como Ayuthaya e Sukhotai e depois de muita conversa consegui convencê-lo a dividir as férias entre praia e visitas culturais.

Nossa viagem foi minimamente organizada: tínhamos em mente os lugares que queríamos visitar mas não sabíamos exatamente como seriam os deslocamentos e quantos dias ficaríamos em cada destino. Queríamos uma total liberdade para ficar mais tempo se necessário ou ir embora mais rápido se a gente não gostasse.

Fomos com a cara e a coragem, pois julho e agosto na Tailândia são épocas de chuva e mar agitado na maior parte do litoral (com algumas exceções). Mais uma vez tivemos sorte: pegamos umas 5 pancadas de chuva (em mais de 3 semanas) que durava uma meia hora cada uma, bastava nos abrigar em algum templo e esperar passar.

Chegamos no pequeno aeroporto de Phuket em um vôo vindo de Kuala Lumpur (Malásia) operado pela companhia lowcoast Air Asia. Vôo muito tranquilo e pontual. Decidimos começar nossa descoberta da Tailândia pelo sul, subindo direto ao Norte (Chiang Mai) e depois descendo aos poucos até Bangkok para evitar de passar duas vezes por Bangkok, economizando tempo e energia em deslocamento. 

Era final de tarde e a imigração foi muito tranquila. Brasileiros não precisam de visto mas precisam de vacina contra febre amarela (não que a Tailândia seja um país de risco, mas como muitas outras nações, eles consideram que o Brasil é). Porém ali não me pediram nada, talvez porque meu vôo viesse da Malásia onde justamente não adiantou eu insistir e provar que morava e estava vindo da França (para quem não pedem a vacina), fui enviada à salinha da vigilância sanitária para mostrar meu certificado de vacinação e carimbarem o meu papel. 

Escolhemos Phuket pois é a maior ilha da Tailândia, com praias fantásticas. Mas infelizmente eu não tinha obtido nas "negociações" (com o marido) dias suficiente para fazer a volta pela ilha e tivemos que nos concentrar no nosso objetivo: Ko Phi Phi. Optamos por reservar a primeira noite na cidade mesmo de Pukhet (Pukhet Town) pois vimos que dali saiam mais facilmente os ferrys até Ko Phi Phi.

Notamos que muitos taxis coletivos com preços interessantes eram propostos para quem ia para Patong ou esse lado da ilha, mas muito pouco para Pukhet Town. Felizmente tinhamos pesquisado com antecedência o ônibus (e horários) e não tivemos problema nenhum em encontrá-lo, mas os taxistas nos diziam que o último já tinha passado. Poderíamos ter optado pelo taxi, mas quem segue o meu blog sabe que gostamos de "aventura" e nos misturar com a população local, e o ônibus foi realmente local, com 100% de tailandeses (trabalhadores do aeroporto e alguns voltando de viagem).

No nosso hotel fomos muito bem acolhidos, deixamos nossa bagagem e saimos descobrir o anoitecer na cidade. Para a nossa supresa, na Tailândia escurece cedo no verão (18h já começa a fazer noite, enquanto na França 21h ainda é dia!) e as pessoas jantam cedo. Melhor correr para não encontrar os restaurantes locais fechados!

Esse é um erro dos turistas ocidentais acostumados a comer tarde: eles só encontram restaurantes totalmente turísticos onde o atendimento é muito mais voltado para o dinheiro, com clientes turistas. Ou seja, é legal se você quer encontrar outros viajantes, mas eu particularmente gosto de comer com os locais e a mesma coisa que eles, ser tratada como eles, ver como eles vivem (e de preferência pagar o mesmo preço que eles). Agumas pessoas não vêem a necessidade, mas para mim faz toda a diferença e enriquece a experiência de uma viagem, e só mesmo assim para ter um verdadeiro contato com os moradores.

Foi assim que encontramos uma rua com alguns restaurantes simples com mesinhas nas ruas e nenhum turista. Fomos muito bem atendidos, comemos muito bem por um preço irrisório. Depois fomos tentar encontrar o mar (que nunca encontramos), mas nos deparamos com uma feirinha local e muitas famílias passeando.


Na volta para o hotel, já um pouco tarde, passamos por diversos bares/restaurantes onde a clientela era composta exclusivamente por turistas e muitas meninas (ou trans?) tailandesas se mostravam presentes para o que o turista precisasse... Não chegou a nos incomodar e a cidade mesmo se não era muito bonita, era muito calma, dormimos muito bem, nada de barulho de festas, bagunça. E o mais importante, nos sentimos à anos-luz de casa, o que para nós é sempre uma das alegrias e o que buscamos nas nossas viagens.

Mas o que tem para fazer em Phuket Town? Na verdade não muita coisa. Podemos caminhar pelo centro da cidade e observar a arquitetura sino-portuguesa da época colonial e visitar alguns bonitos templos e agradáveis feirinhas. As pessoas ali ficam como base para visitar o resto da ilha, pois muitos transportes saem dali para praticamente todas as outras praias e destinos turisticos da região, ou então alugando uma scooter ou carro. Além disso, como eu disse mais acima, é considerado um dos pontos de partida para as ilhas mais famosas, como Ko Phi Phi, e muito mais autêntica e calma que as praias.






Porém, mesmo se gostei da experiência, se fizesse hoje a mesma viagem, teria escolhido Krabi Town (outra cidade e outra ilha) como base para visitar Ko Phi Phi, pois muito mais barato e cidadezinha mais bonitinha, bem clima de praia. Ou adoraria voltar para conhecer melhor a Ilha de Phuket em si.



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