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Passeio de balão em Luxor
Ver a Terra do ar permite ao Homem ter uma noção do espaço mais abrangente e compreender melhor a Geografia dos locais. Estávamos determinados a explorar Luxor também dos céus e apreciar esta cidade numa outra perspectiva. Escolhemos o balão de ar quente como meio de transporte.
Sempre que desfolho o livre de Yann Arthus Berthand (A Terra vista do Céu) morro de inveja das perspectivas que ele consegue sobre o nosso planeta. A visão das aves sobre a Terra permite-lhes um conhecimento espacial que o Homem dificilmente consegue igualar (sem o uso da tecnologia). Para tentar igualar as aves e Berthand subimos a um balão de ar quente e sobrevoamos a margem ocidental de Luxor.
Posso dizer, sem sombra para duvidas, que foi uma das coisas mais geniais que fizemos neste país. É indescritível a sensação de observar a Terra do céu, ver as gentes na sua vida diária, contemplar os monumentos e descobrir os imensos acidentes geográficos que nos rodeiam.
Os vales da margem ocidental do Nilo estão ocupados por túmulos. Os vales mais encaixados permitiram aos faraós o descanso eterno já que se encontravam fora do alcance dos salteadores. O vale das Rainhas e dos Nobres estão um pouco mais expostos mas tinham o mesmo objectivo.
No entanto, ao longo dos tempos, os salteadores vieram provar que também eles eram capazes de aceder aos locais mais ermos. Só um túmulo foi encontrado intacto neste vale, o túmulo do faraó Tutankhamon cujo tesouro está exposto no Museu do Cairo.
O Nilo corre para norte serpenteando a planície e dirige-se para o mar Mediterrâneo. Nas suas margens templos grandiosos como o de Luxor ou Karnak, voltados para o rio, parecem comungar em plenitude com a natureza.
Nas margens do rio, as técnicas ancestrais de irrigação permitem a população local agricultar os terrenos férteis e produzir o necessário para alimentar o país. Os campos exibem arroz, legumes, tubérculos, cereais, árvores de frutos, etc. Os mais novos também já trabalham nos campos e levam o gado a pastar.
Tudo se vê do ar. O ar, esse meio tão negligenciado pelos viajantes e que nos permite uma visão única do que se passa na Terra.
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