Longe das multidões turísticas atuais, o Mont Saint Michel não passava de um rochedo ladeado de água até ao século VIII, altura em que Aubert, bispo de Avranches mandou edificar nesse local um santuário em honra do arcanjo S. Michel (ou S. Miguel em Português, referenciado no Novo Testamento como combatente e vencedor na luta contra um dragão, símbolo do demónio). O local tornou-se de grande importância e peregrinação, sendo um dos mais visitados em França, com mais de três milhões de visitantes por ano.
No século X, a ordem religiosa dos beneditinos instalou-se na abadia e foi desenvolvida uma pequena aldeia, que se estendeu na base do rochedo granítico, durante os quatro séculos seguintes.
Exemplo de arquitetura militar admirável e praça forte impenetrável durante a guerra dos 100 anos, as suas muralhas e fortificações resistiram a todos os assaltos ingleses o que fez com que se tornasse num lugar simbólico nacionalista.
Desde 1979, está inscrito na lista do património mundial da UNESCO. As recentes obras de restauração e consolidação (desde 2006), tal como a construção de uma barragem, na zona, permitiram salvar o local.
Com efeito, depois de termos estacionado o carro no amplo parque de estacionamento (a um preço proibitivo) fomos de autocarro (existem gratuitos e outros que são pagos) até perto do local (conforme se pode ver na segunda foto).
Deambulamos pela zona fortemente turística, com uma infinidade de restaurantes e lojas de
souvenirs.
A confusão era mais que muita, pois as ruas estreitas estavam apinhadas de pessoas e era preciso ter cuidado com o declive acentuado, no caminho até ao cimo: a abadia.
Esta está instalada na base do rochedo, a 80 metros acima do nível do mar e no topo da mesma existe uma estátua do arcanjo. Ao pé da nave, existem os claustros que fazem a ligação entre os vários edifícios, tais como o refeitório, a sala de hóspedes (onde se recebiam os reis e nobres), a cripta, o dormitório e as várias escadarias.
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Claustro |
Uma enorme roda está bem visível e data de 1820, cuja função era subir os alimentos dos presos, quando a abadia foi convertida em prisão, na época.
Apesar da dissolução das comunidades religiosas na época da revolução Francesa, continuaram os restauros no Mont Saint Michel, para que o esplendor da abadia continuasse, que na idade média era vista como a representação de Jerusalém sobre a terra e a imagem do paraíso. A vista é soberba. Os espaços ajardinados e a arquitetura dos edifícios também! E realmente todo o monumento é verdadeiramente único na sua concepção, propriamente dita.
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Jardim |
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Igreja |
E depois na viagem de regresso ainda tivemos direito a uma fenomenal molha antes do almoço!
No próximo
post...o momento mais triste (sim, porque a vida é feita de momentos tristes e alegres) de toda a nossa viagem na França. Não perca!