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Museu do Cairo
Uma turista, em conversa connosco, dizia que é impressionante o pouco que restou do tempo dos Faraós, tanto em termos de templos, como em termos de artefactos. Devo dizer que não concordo. A civilização egípcia já estava altamente desenvolvida em 2600 a.C. Há quase 5000 anos! Ou seja, para chegarem até hoje, as peças que se podem admirar no museu do Cairo passaram por séculos de roubo e vandalismo, guerras e catástrofes naturais, para além dos processos de erosão naturais. É realmente impressionante, sim, o que se conseguiu conservar até aos dias de hoje! E grande parte do que sobrou foi recolhido e exposto no Museu do Cairo.
No entanto, o ponto forte deste Museu também acaba por ser o seu ponto fraco. Inaugurado em 1863, tem nitidamente uma estrutura desactualizada, com salas cheias quase até ao tecto de artefactos de toda a espécie e feitio, o que leva a que haja um excesso de peças para as pessoas admirarem e que faz com que muitas delas não possam ser observadas com a atenção que merecem. Estão expostas cerca de 12000 peças de todos os períodos do Antigo Egipto, mas estima-se que estejam guardadas nas caves mais de 150000!
Claro está que um dos pontos altos do museu é o tesouro funerário do faraó Tutancamon, constituído por 1700 peças, desde tabuleiros de jogo e armas de caça, a divas e camas e, claro, a fabulosa máscara funerária. Na mesma sala onde esta se encontra, podemos também admirar dois sarcófagos interiores, um em ouro maciço (que pesa 110 kg) e outro em madeira envolvida em talha dourada, ambos profusamente trabalhados. O primeiro é realmente uma obra de arte simplesmente magnifica. Infelizmente, não são permitidas fotografias dentro do museu. Outra das peças que é lindíssima é o trono do faraó, de madeira coberta com ouro e pedras preciosas. Os desenhos representados nas costas, braços e pernas do trono são fabulosos. Finalmente, dentro de enormes caixas de vidro, encontram-se os santuários, 4 no total, que são grandes caixas de madeira coberta de ouro, que encaixavam uns nos outros como bonecas russas e que envolviam os sarcófagos. Outra das atracções do museu é a sala das múmias. Devo confessar que, por motivos de contenção monetária, decidimos não visitar esta sala, pois requeria um bilhete extra de cerca de 15 euros por pessoa. Fica para uma próxima oportunidade... Turistas de pé descalço!
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