Ai...como é bom estar de férias! Bem...ainda não estou propriamente de férias mas estive, sim, de folga no fim de semana passado, em comum com o meu marido. E, como estes são, raros aproveitamo-lo para visitar Granada e visitar alguns dos monumentos mais emblemáticos dos
nuestros hermanos.
À primeira vista, Granada parece ser uma cidade pacata e calma, mas na verdade é cheia de surpresas e de histórias...fique aqui prá ver!
A poucos mais de 650 metros acima do nível do mar, na região andaluza de Espanha, localiza-se
Granada. Esta foi capital do reino muçulmano quase três séculos, até que no século XV foi conquistada definitivamente pelos reis católicos: Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão, tendo sido a última cidade a ser conquistada aos mouros, no território ibérico.
Geograficamente e estrategicamente posicionada, esta cidade encontra-se na confluência de três rios (Darro, Genil e Beiro) estando limitada a sudeste pela
Sierra Nevada, onde se encontram as montanhas mais altas de toda a península ibérica.
Depois da noite, de sexta, passada num acolhedor hotel ("Lenflet Sanlúcar"), perto de Sevilha, fomos então para Granada! Com uma hora a mais de fuso horário (do que Portugal) chegamos bem perto da hora do almoço e depois de termos largado malas e bagagens (foram várias mudas de roupa e casacos, porque nunca se sabe o tempo que poderia fazer...hihihi) no pequeno hotel ("Albero"), perto de Alhambra, fomos para o centro da cidade mas de autocarro.
Munidos com um pequeno mapa, fornecido pelo rececionista, fomos desbravar o centro de Granada, até chegar à catedral, iniciada em 1523 a mando dos reis católicos.
Depois do almoço mixuruca (serviço lento e ruimmmmm) entramos na belíssima catedral, que por fora até passa despercebida (normalmente associo sempre às catedrais, fachadas fabulosas, especialmente depois de ter estado em França e Inglaterra, em anos anteriores) contudo, o seu interior é lindíssimo (e uma das mais luminosas que tive a oportunidade de visitar até hoje)!
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Fachada principal da catedral |
Sem destino e nem planos marcados, começamos então a subir até ao mirador de
San Nicolás, uma agradável praça com vistas admiráveis para os telhados do casario, o rio Darro, Alhambra e para a
sierra, passando pelos admiráveis e numerosos elementos das fachadas mouriscas.
A animação continuava pelas ruas: imensas mulheres incluindo meninas e até pessoas mais velhas envergavam trajos de sevilhana e dançavam flamenco efusivamente, uma música estonteante e cheia de vida. Nunca vi pessoal tão animado na Europa como estes Espanhóis (a começar pela sua própria língua e música)!
O passeio prosseguia pelo bairro do
Albaicín, numa colina com vista privilegiada para o Alhambra e onde estão numerosas marcas do passado mouro. Além das bonitas habitações mouriscas haviam, também nas ruas, cafés de narguilé e venda de chás.
Há 700 anos atrás ali estava construída uma fortaleza e muitas mesquitas. Hoje, ali estão a maior parte das igrejas, edificadas no seu antigo lugar.
A chuvinha "molha tolos" ainda reapareceu durante a tarde, depois da pequena volta à beira do rio Darro.
Após alguns churros (fritos típicos Espanhóis) e bebidas, fomos consumir todas essas calorias na enorme volta até ao hotel (pelo menos uns 5 km), não sem antes nos termos perdido pelo menos umas duas vezes e assistirmos aos shows dos artistas que continuavam a "atuar" nas ruas, alegremente.
Afinal, Granada vale a pena não só para visitar, como também para "viver" e não é à toa que foi escolhida como uma das favoritas cidades estudantis da Europa!
No próximo
post continue a acompanhar as minhas/nossas pequenas peripécias do dia seguinte, mas desta vez em Alhambra!