Sétimo dia de viagem: França. Perdão, quero dizer Bélgica. Nesse dia, estavamos com sorte. O céu apresentava-se quase todo azul, esbatido somente por alguns farrapos de nuvens esbranquiçadas, no horizonte. E na rectidão da paisagem, verdejante, apenas apanhamos um aguaceiro durante a toda viagem. É verdade que estivemos lá pouco tempo, contudo
Brugge é uma cidade singular e admirável.
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Centro histórico |
Esta pequena cidade medieval está situada no nordeste da Bélgica, capital da Flandres ocidental, com pouco mais de 115 mil habitantes.
Antigas fortificações, do século I a.C, constituem as primeiras evidências, de que o local tenha sido habitada nesse período.
Brugge foi elevada a cidade em 1128. Em 1500, o canal mais importante da cidade, a partir do qual ela prosperou, começou a ficar entupido com lodo e a cidade decaiu como centro económico para a Antuérpia. No século XVII foi local de estadia de Carlos II de Inglaterra e sua corte e no século XIX era o destino turístico favorito de Franceses e Ingleses.
Rivaliza com Amesterdão, ao título "Veneza do Norte", por causa dos seus inúmeros paralelelípedos e românticos canais que atravessam a cidade e rodeiam o centro histórico,
Brugge foi também capital Europeia da cultura em 2002.
Muito bem conservada, a cidade apresenta características tradicionais da época medieval, as "casinhas" coloridas, os telhados vermelhos e bicudos, as ruelas estreitas e sinuosas, as antigas torres e a cada esquina, lojinhas de: chocolates, doces, decorações natalícias, objetos de madeira e rendas das Flandres (uma delícia para os sentidos).
Dotada de uma arquitetura invulgar, a começar pelo fantástico centro histórico, que desde 2000, faz parte do património mundial da UNESCO e parece que saiu, diretamente, de um livro de contos de fadas.
Quem quiser pode subir os quase 400 degraus da Torre
Halletoren, situada na frente da praça do mercado (o
Grote Markt), que apresenta um carrilhão com 47 sinos e de onde se pode ver quase toda a cidade.
O prédio da câmara municipal é de estilo gótico e o edíficio mais antigo da cidade (XIV-XV).
Mas as outras ruas adjacentes ao centro histórico também são bem interessantes e peculiares (marcas famosas estão bem instaladas nestes lindos e bem conservados edíficios).
A catedral de Sint-Salvator é a principal edíficio religioso da cidade e um dos poucos a não sofrer estragos ao longo do tempo. Data do século X, embora nessa altura só fosse uma pequena igreja e tornada catedral, somente, quatro séculos mais tarde.
Turistas e locais deliciam-se nas ruas com os chocolates (nós devemos ter entrado pelo menos em seis lojas diferentes e comprado quase um quilo), as waffles, as cervejas, as batatas fritas (dizem que estas tiveram a sua origem na Bélgica mas eu achei-as exatamente iguais às de Portugal) e outras comidas
fast-food, enquanto alguns utilizam as bicicletas (o meio de transporte predilecto dos locais), outros preferem fazer passeios de charrete ou de barco (um charme).