Seguindo o curso do rio Orange
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Seguindo o curso do rio Orange



O rio Laranja (Orange river) é uma fronteira natural entre a Namíbia e a África do Sul e uma das últimas fontes de água para quem se dirige para o deserto do Namibe. Com origem nas montanhas do Lesoto, o rio drena as regiões áridas do deserto do Kalahari, para onde leva o milagre da vida.  


O rio Orange estende-se por quase 2500 km cheios de mistério e aventuras. Na foz, a povoação de Alexander Bay surgiu num estuário onde abundam os diamantes e as dragagens são comuns, ao ponto de o acesso a várias zonas da costa sul-africana e da Namíbia estarem vedadas e serem fortemente vigiadas. Mas, os tão afamados diamantes não afloram aqui, eles são trazidos ao longo do curso do rio, mantendo-se ainda em mistério a sua origem geográfica. 


Ao longo do percurso do rio, as águas vão sendo desviadas para utilização agrícola, permitindo o cultivo de frutos e legumes em áreas tradicionalmente muito áridas e criando condições para a fixação das populações nas zonas ribeirinhas. 


Uma das formas mais maravilhosas de conhecer este rio é navegar as suas águas, pelo que a canoagem foi uma opção lógica nesta nossa aventura. Próximo de Vioolsdrif, na Nacional 7, saímos da estrada principal e rumamos a um acampamento na margem do rio onde podíamos experimentar as águas calmas do rio Orange nesta época do ano. 


De manhã bem cedo e ainda ensonados, vestimos os coletes, apanhamos um camião e lá fomos nós com as canoas para o rio Orange. O tempo estava encoberto mas, à medida que a manhã ia passando, as nuvens iam desaparecendo e os raios solares começaram a colorir a paisagem. 


Com as montanhas avermelhadas a montante, iniciamos a nossa descida pelo leito do rio num percurso de cerca de dez quilómetros, rodeados por vegetação ribeirinha, que progressivamente dava lugar a terrenos secos e estéreis. Os corvos marinhos acumulavam-se nas árvores e esperavam o momento ideal para pescar. 


O passeio em canoa foi calmo, o rio não tinha rápidos nem grandes obstáculos, permitindo-nos contemplar a paisagem de forma descontraída, relaxar, tirar imensas fotografias e, acima de tudo, usufruir dos cheiros e cores intensos de África. Esta era a nossa despedida da África do Sul. Ainda nesse dia iríamos entrar na Namíbia. 




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