Sao (guias) marroquinos... e basta! Parte II...
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Sao (guias) marroquinos... e basta! Parte II...


Nos dois dias seguintes, fomos para a montanha... Queriamos escalar o Toubkal, cume mais alto do Norte de Africa, com 4167m de altitude. No Inverno, tarefa so possivel para alpinistas profissionais; no Verao acessivel a qualquer pessoa com boa preparacao fisica; na Primavera (com ainda alguma neve na montanha) acessivel a alpinistas amadores... Como nos! Quando vimos o guia, ja seria de esperar que vinha ai coisa... Um rapaz (de nome Omar) de 20 aninhos, que tirou o curso de guia de montanha o ano passado... No primeiro dia fizemos um trek de 6 horas entre a aldeia de Imlil e o refugio de montanha, ja a 3200m de altitude. O guia teimava em ir sempre bem a nossa frente... Talvez seja timido!
No refugio, o cozinheiro Ibrahim esmerava-se (a serio!) com o nosso jantar. Entao, em resposta a uma pergunta da Carla (sempre curiosa...) ficamos a saber que o nosso guia tinha estado UMA VEZ no cume... Comecamos a ficar preocupados! A seguir era hora de experimentar os crampons (acessorios que se poem na sola das botas, INDISPENSAVEIS na progressao em neve), pois a montanha tinha muita neve, muito mais do que esperavamos. Queremos ajuda a ajusta-los, e nao e que o guia vai chamar o cozinheiro! Aqui ficamos mesmo preocupados... Dia D, ataque ao cume. Eu aperto os meus crampons, o cozinheiro aperta os da Carla... e os do guia! Comecamos a subir, e quando a inclinacao era maior, la ia o guia por ali acima e nos no nosso ritmo... O guia parava, bebia a sua agua, descansava e quando nos estavamos quase a chegar a ele... Recomecava a subir! As vezes a dezenas de metros dele, outras sem contacto visual(!), assim foi a ajuda do nosso guia numa subida extenuante e, por natureza da alta montanha, sempre potencialmente perigosa. Com o nosso guia, o conceito de distancia de seguranca (em montanha) adquiriu um novo significado: se nos acontecesse alguma coisa, de certeza que a ele nao o afectaria! Na parte superior da subida, em rocha e sem neve, ninguem ousou tirar os crampons pois o cozinheiro tinha ficado no refugio! Mas la chegamos ao topo... Na descida, o guia so nao ia mais a frente porque comecou a ter problemas com os crampons... Nas ultimas centenas de metros, os crampons desapertaram-se por completo e, pura e simplesmente, tirou-os e veio a escorregar pela vertente, enfiando as botas na neve e encharcando-as completamente! Inacreditavel... Salvou-se o cozinheiro, que para alem de preparar refeicoes saborosas e de nos permitir subir a montanha (impossivel sem crampons), recebeu-nos com um abraco (e com mais alegria do que o guia) quando lhe dissemos que tinhamos conseguido! Conclusao: quando quiserem um guia em Marrocos, dirigam-se a cozinha mais proxima!




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