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Queda livre do presidente do FMI

Se muita gente antes não conhecia nada da vida do presidente do FMI (francês, para começar), agora a mesma está exposta nos jornais do mundo inteiro.

Acusado por uma camareira do Sofitel de Nova York (onde ele estava hospedado) de tentativa de estupro no último sábado, ele foi abordado pela polícia um pouco mais tarde em um avião partindo para a França. A acusação diz que ele teria fugido, deixando no hotel mesmo objetos pessoais, enquanto a defesa e amigos dizem que seu retorno já estava marcado, inclusive ontem (segunda) de manhã ele deveria estar presente em uma reunião importante em Bruxelas. Mas independente do que aconteceu de fato, ele risca 74 anos de prisão e a fiança de 1 milhão de dólares foi recusada pela juíza. desta forma ele permanece em prisão preventiva no mínimo até sexta-feira. Além disso, aparentemente ele vê pelos ares suas aspirações de se tornar o próximo presidente francês, cargo para o qual é um dos favoritos.

Mas o que aconteceu realmente? Posso dizer que aqui na França, apesar de suas histórias de "rabo-de-saia", ninguém o vê como culpado, mas sim como vítima de um complô. Boa parte das pessoas não acreditam na imprensa e muito menos na justiça, e a relação afetiva da população para com ele complica ainda mais, resultando nessa negação, uma vontade de não acreditar.

Resta lembrar que a vida sexual dos políticos não choca os franceses (vários estudos e resultados nas urnas indicam). Um dos exemplos mais comentados é o caso do ex-presidente François Miterrand, que teve uma relação extraconjugal bem duradoura e uma filha dessa relação, e esse fato nunca prejudicou a sua vida política. Outro exemplo é o atual prefeito de Paris, homossexual assumido.

Os franceses estão bem mais chocados com as imagens do acusado algemado, pois na França o sistema judiciário é bem diferente. Para começar, aqui não se pode divulgar imagens de acusados algemados nessa altura do processo (antes de uma condenação). Imagens desse tipo são consideradas de extrema brutalidade e violência, além de humiliantes, é claro.

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