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O Hotel Venetian visto do vulcão (dormente durante o dia) do Hotel Mirage |
Parece que foi ontem que publiquei a convite do Vinicius meu primeiro post sobre as belezas da Islândia no Álbum de Viagens, em janeiro de 2012. Depois de escrever sobre passagens por 21 países em cinco continentes, cheguei agora ao meu centésimo post. Como costumo fazer nas ocasiões comemorativas do blog, vou fugir um pouco do meu padrão de postagem e falar sobre os shows a que assisti na minha última visita a Las Vegas, em outubro passado.
Las Vegas é uma cidade interessante para se viajar a serviço. Após o trabalho durante o dia, você tem à noite uma variedade enorme de atrações à sua disposição para desanuviar a mente. No dia em que tive a manhã livre fiz o passeio de helicóptero ao Grand Canyon, que rendeu o post publicado no final do ano passado; nos demais dias, assisti a quatro shows noturnos.
Três destes shows reservei com antecedência pela internet. Minha experiência anterior em Vegas me ensinou que, devido ao gigantismo dos teatros, sentar num mau lugar pode arrasar sua impressão do espetáculo; por isso paguei um pouco mais caro e reservei lugares bem localizados, na metade fronteira da plateia. Outra diferença nos shows de Las Vegas é que normalmente os hotéis em que são apresentados também são atrações turísticas, portanto vale a pena chegar antes para conhecê-los, caso seja sua primeira visita ao local.
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Uma cena do "Le Reve" |
O primeiro show a que assisti logo no dia da chegada foi o Le Reve, no hotel Wynn. Como fiquei hospedado no Venetian, pude ir a pé, já que os dois hotéis são praticamente vizinhos. Este show se passa sobre uma plataforma aquática, à semelhança do O do Cirque de Soleil e por isso há sempre comparações entre os dois, apesar de o enfoque ser diferente. Quando estive anteriormente em Las Vegas em 2006, assisti ao O e ao excepcional Kà, também do Cirque de Soleil. Foi no O que aprendi a lição dos lugares – o teatro do Hotel Bellagio é enorme e sentei num local péssimo, no balcão no fundão do teatro, com os acrobatas que faziam as performances mais parecendo formiguinhas. Não gostei do show e o achei tedioso, mas é difícil determinar quanto isto se deveu à minha localização infeliz .
O Le Reve, que não pertence à grife do Cirque, é apresentado num anfiteatro pequeno para os padrões de Vegas, e por isso não há pontos cegos ou lugares ruins. Quem não gosta de se molhar porém deve evitar as fileiras mais baixas. O show já surpreende por permitir fotos durante o espetáculo, coisa que é terminantemente proibida nos demais, e esta é a razão de este post conter cenas dos artistas em ação. As acrobacias, com saltos e malabarismos, além de danças e truques na água e nos trapézios, muito bem realizados, prendem a atenção todo o tempo, tanto que estava cansado após muitas horas de voo e não senti o tempo passar. Recomendo.
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Outro momento do "Le Reve" |
Outros dois shows a que assisti eram apresentados pelo Cirque de Soleil, tributos a Michael Jackson e aos Beatles. Sou fã de ambos, mas não chego a ser fanático, por isso acho que dá para fazer uma avaliação isenta.
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Cartaz do "One" - fonte: lasvegas.com |
O tributo a Michael Jackson, One, é apresentado no Mandalay Bay, que fica na ponta sul da Strip, bem longe. Ao invés de tomar um táxi, optei por uma rota diferente. Peguei o monotrilho que atravessa Vegas no Harrah’s, hotel vizinho ao Venetian, soltei na estação final no MGM, atravessei todo o MGM (e só quem conhece este mamute hoteleiro sabe o que significa atravessá-lo) e pelas passarelas elevadas sobre a Strip passei pelo New York-New York e cheguei ao Excalibur. Lá entrei em novo monotrilho, agora gratuito, e finalmente desci no Mandalay. Leva mais tempo e parece complicado, mas achei divertido.
Este é um dos mais novos espetáculos do Cirque de Soleil. Qualquer elogio que faça é pouco; considerei o One o melhor show a que já assisti em Las Vegas, junto com o Kà. Ao contrário da maioria das demais apresentações do Cirque, há pouca acrobacia. Uniram números de dança fantásticos à última palavra em tecnologia para apresentar um show soberbo baseado nas canções de Michael. Claro que suas principais músicas e coreografias estão lá. Muito bem bolado, com a inserção de vários toques que nos fazem sentir a presença do astro, incluindo até um fabuloso holograma seu dançando. Chega a emocionar.
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Os Fab Four estampados no topo do Hotel Mirage |
Em total contraponto, assisti também ao Love, a homenagem aos Beatles. O Love é apresentado no Mirage, hotel famoso pelo seu vulcão que solta fogo e pelos tigres brancos no minizoo junto ao lobby. Fomos no último dia de hospedagem, na véspera de tomarmos o avião de volta ao Rio. A expectativa era grande, e o resultado, meio decepcionante. Este foi o único show em que comprei o ingresso já em Las Vegas, e o lugar não era tão bom quanto nas demais apresentações. Aliás, o tamanho exagerado do anfiteatro me fez parecer que não há lugares bons e sim menos ruins. O pessoal nos níveis superiores estava a uma grande distância dos acontecimentos do palco e quem estava embaixo tinha torcicolo para acompanhar as ações aéreas. Considerei o show razoável. Tudo o que elogiei no One não aconteceu aqui – não senti uma “vibração Beatles”, e pelo menos até a metade da apresentação, a conexão entre as músicas e as performances não me pareceu muito forte, sendo mais uma sucessão aleatória de números circenses. Ao meu lado chegaram a cochilar durante a apresentação. Não que o espetáculo fosse ruim, mas não me suscitou o encantamento que ocorreu com o One. Se tivesse assistido ao Love primeiro, talvez a reação fosse outra. Uma dica – chegamos com antecedência para pegar os ingressos e jantamos na ótima pizzaria California Pizza Kitchen, que possui uma filial no Mirage.
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Uma gôndola passeando no interior do Hotel Venetian |
O quarto show assistido foge totalmente ao esquema de superprodução dos demais. É uma apresentação “normal” de cantores, e poderia acontecer em qualquer teatro bem aparelhado. Trata-se do show do Human Nature (não confundir com a música do Michael Jackson!). A banda é especializada nos sucessos dos anos 60 da Motown, a gravadora que lançou inúmeros astros negros do quilate de Stevie Wonder, Diana Ross, Marvin Gaye e os Jackson Five. Este teatro foi o mais fácil de chegar, pois ficava dentro do próprio Venetian. Por sinal, este é um dos hotéis que é imprescindível conhecer em Las Vegas. Não dá para não babar com o canal e a Praça de San Marco reproduzidos no interior do hotel, em que até passeio de gôndola existe. E nada como jantar na praça apreciando o casario fake e o céu artificial e por uns instantes se imaginar em Veneza.
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A movimentada Praça de San Marco sob o céu falso do Venetian |
Voltando ao show, é apresentado por uma banda da Austrália. Quem pensa que quatro cantores com sotaque australiano interpretando canções da Motown não pode dar um bom caldo, está redondamente enganado; aliás eles até fazem piada com o fato. Os caras cantam muito bem, e fica impossível você não entrar na dança e acompanhá-los quando entoam grandes sucessos como “My Girl” e “Stop!In the Name of Love”, reproduzindo aquela coreografia e gestual cafona dos grupos da época. Um indicativo da qualidade do show é ser produzido por Smokey Robinson, outro dos ícones da Motown. Não é todo mundo que tem interesse por este tipo de show, mas se você gosta do estilo das músicas, não perca. Não chega a surpreender a pouca presença de jovens neste tipo de atração saudosista – a faixa etária média beirava os 70, mas pelo menos nesse dia me surpreendi com a animação desse pessoal da terceira idade...
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Propaganda do show do Human Nature |
Postado por Marcelo Schor em 17.06.2014
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