Parque Nacional de Kruger (África do Sul)
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Parque Nacional de Kruger (África do Sul)



O Parque Nacional de Kruger é a Jóia da Coroa da África do Sul no que toca à preservação e observação de vida animal selvagem. Ocupa uma zona no norte do país, fazendo fronteira com Moçambique ao longo de 352 km, e também um pouco com o Zimbabué, com uma área total de cerca de vinte mil quilómetros quadrados. Desde 2002 que, em conjunto com os Parques Nacionais de Gonarezhou (Zimbabué) e de Limpopo (Moçambique), faz parte do Parque Transfronteiriço de Limpopo.


O Parque deve o seu nome a Paul Kruger, o último presidente da Zuid-Afrikaansche Republiek, que designou esta área como uma reserva de caça controlada. Em 1902, após a guerra entre os ingleses e os boéres, James Hamilton viu o potencial turístico da reserva se a ela fosse aplicada a ideia da conservação da vida selvagem. Reunindo outra reserva e várias quintas privadas, abre ao público o Parque Nacional de Kruger em 1927.


A vida selvagem concentra-se mais na parte sul do Parque, que também é a zona mais visitada, com mais de um milhão de visitantes anuais. Para quem tem pouco tempo no Parque (1-2 dias), o circuito habitual é feito à volta do acampamento de Skukuza, com boas hipóteses de observação dos "Cinco Grandes" (um termo originalmente usado por caçadores para designar os maiores e mais perigosos animais africanos): leão, leopardo, elefante, rinoceronte e búfalo.


Mas o Parque tem muito mais a oferecer, destacando-se as 147 espécies de mamíferos, mais de 500 espécies de pássaros e mais de 300 espécies de árvores. A paisagem de savana do Parque é, aliás, lindíssima, particularmente perto do curso de rios, tais como o Rio Sabie.


No entanto, apesar da imponência das manadas de elefantes, com dezenas de indivíduos e muitos bebés, ou da elegância das girafas, ou ainda da altivez dos elãs (taurotragus oryx), a verdade é que os felinos são aqueles que atraem mais as atenções dos visitantes. As populações estimadas (apesar do Parque procurar limitar o impacto da época seca, a população animal nunca é estática) de leões e leopardos rondam 1700 e 1000, respectivamente, enquanto as chitas (e os cães selvagens) estão presentes em menor número, rondando (cada espécie) cerca de uma centena de indivíduos.


Desta forma, ganha ainda maior relevância a nossa observação, de muito perto, de duas chitas em perseguição de um grupo de impalas (ver Overland pela África Austral, Parte V). Aliás, no nosso primeiro dia no Parque tivemos a sorte de começar o dia por observar cães selvagens atravessando a estrada, fazendo com que nesse mesmo dia tenhamos observado os chamados "Magníficos Sete" ("Cinco Grandes", cães selvagens e chitas)!



DADOS PRÁTICOS:
As opções de alojamento e de exploração do Parque são muito variadas, dependendo do tempo disponível que o turista tenha e da sua carteira. Em particular, as reservas de vida selvagem privadas fazendo fronteira (não vedada) com o Parque, destacam-se pelo luxo do alojamento combinado com observação de vida selvagem de excelente qualidade. Para os menos abastados, o Parque tem vários acampamentos vedados que oferecem diversas opções de alojamento, nomeadamente tendas, cabanas, bungalows e casas de campo. Para além dos campos principais, existem campos mais pequenos (Bushveld Camps) e outros mais básicos, sem instalações (Overnight Hides), para aqueles que desejam uma experiência de maior contacto com o mato. 


O acampamento principal, e sede administrativa do Parque, é o de Skukuza, com todas as instalações que o turista possa precisar, como uma caixa multibanco, restaurante, postos de abastecimento de combustível, polícia, posto de correios, um pequeno museu e uma biblioteca. Em geral, as distâncias entre acampamentos, viajando a 50 km/h em estrada alcatroada, rondam uma hora (sem contar com o tempo para observação de vida selvagem).


O Parque está localizado numa zona com risco de malária, embora na época seca, com pouca água parada no terreno, a maior parte dos mosquitos não transmitem a doença. Ainda assim, recomendamos a visita à consulta do viajante, que normalmente aconselha a profilaxia adequada, e os cuidados a ter com o uso de roupas adequadas e de repelentes.




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