Amsterdam: o encontro das artes... ops, das águas!
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Amsterdam: o encontro das artes... ops, das águas!


Final de semana passado estivemos mais uma vez em Amsterdam. Eu queria muito ir na primavera para ver as flores, mas chegamos um pouco atrasados... Melhor chegar em abril, foi o que nos disseram! Desta forma, deixamos de lado a visita ao Keukenhof (grande parquejardim com milhares e milhares de flores!), já que não era mais a época das tulipas, e ficamos em Amsterdam mesmo.
Fomos ao oficio de turismo que fica bem em frente à estação de trem principal e compramos o passe de 2 dias para visitar os museus, e que dá acesso ao transporte gratuito pela cidade e passeio de barco. Como aproveitaríamos o domingo para as visitas culturais, para nós valeria a pena.
Depois fomos visitar a feira de flores de Amsterdam, pois outro objetivo da viagem era comprar flores! Sou fascinada pelas Amaryllis desde que cheguei aqui, e elas se adaptam muito bem a mim e a minha casa, então melhor aproveitar!!!


 A segunda flor da minha lista é a Pivoine, acho que em português são as Peônias, essas marelas da foto (mas as mais conhecidas são rosas!)

Depois pegamos o tramway (o bonde!) para chegar ao hotel, que ficava um pouco afastado do grande centro, mas ficava bem pertinho do Vondelpark, na linha 2 do tramway. Detalhe para a sacola aos meus pés repleta de plantas!!! Esse bairro ao redor do parque é bem chique, com prédios lindos, e bem calmo, ou seja, bem residencial. O parque também é muito bonito e agradável, merece uma caminhada ou um passeio de bicicleta, mas ficamos um pouco chocados pois tinha muito gente com umas mini-churrascaqueiras assando alguma (linguiças e carnes) coisa em pleno parque! A idéia pode ser deliciosa, mas o problema é que tinha cheiro de queimado em todos os cantos, e a grama estava cheia de marcas de queimado em todos os cantos do parque...

Nesse momento já era um pouco tarde e os museus estavam fechados ou fechando, então decidimos fazer o passeio de barco para não desperdiçarmos o passe que tinhamos comprado para o final de semana. O barco passa pelos canais principais, é claro, e explica um pouco da história da cidade. Se os dados atuais são os corretos, fiquei impressionada, pois a cidade contaria com 750 mil habitantes, dos quais 42% são estrangeiros. Mais de 50% dos lares seriam compostos por uma pessoa sozinha.

Pausa jantar e passeio noturno pelas ruas. E acho que como qualquer turista que se preze, quando menos nos demos conta (seguindo a multidão) estávamos no meio do bairro "vermelho", aquele tão conhecido pelas meninas nas vitrines. Eh algo que desperta a curiosidade, mas fico com várias questões sem respostas, pois não consigo entender como uma pessoa chega a essa etapa, de vender seus serviços mostrando realmente seu rosto e corpo para milhões e milhões de pessoas! Imagino que muitas dessas meninas/ mulheres têm filhos, podem ter um companheiro. Será que consideram como um outro emprego qualquer? Estão satisfeitas? Pensam em mudar de vida? Várias questões sem respostas.

Depois dessa aventura um pouco trash, melhor reganhar o hotel e recarregar as baterias para o dia seguinte! Adoro passear pelas ruas, ainda mais à noite, pois adoro observar as moradias através das janelas... Fico impressionada pois as casas me parecem uma vitrine! Praticamente não existem cortinas, ou elas estão abertas, e a vista interior é de uma casa linda, extremamente bem decorada, nada fora do lugar! Geralmente não tem ninguém em casa, as vezes um gato dorme sobre o sofá ou sobre a mesa, ao lado de um lindo vaso de flores frescas. Uma cozinha linda em que tudo está no devido lugar, ou as vezes uma pessoa está elegantemente vestida lendo um livro. Parece um universo tão irreal! Fico pensando em uma cidade-vitrine, assim como as prostitutas se mostram em vitrines, as pessoas mostram a suas casas, ondem vivem como se fosse igualmente uma vitrine.

O domingo começou com a visita do Rijksmuseum, onde encontramos as principais obras de Rembrandt, das quais a mais importante é "A ronda noturna", que é muito mais bela e imposante (4,38m X 3,59m) vista ao vivo.
 Imagem do google, pois as fotos são proibidas no museu, e essa obra prima é muito mais bela pessoalmente! O mestre do "claro-obscuro" realmente se superou nesse jogo de luzes.

Vermeer é outro artista holandês (do estilo barroco, um dos mais importantes do "século de ouro") muito importante, e no museu podemos encontrar algumas de suas (poucas) pinturas, mas de qualidade impressionante. Quem esteve no Louvre certamente reparou na obra "O astrônomo", que assim como "o Geógrafo" (que pode ser visto em Frankfurt) diferem do tipo de pinturas do artista, que representa nesses casos duas profissões e não atividades domésticas. Outro quadro de sua autoria presente no Louvre trata-se de "A jovem au turbante" ou "A jovem ao brinco de pérola".

Essa obra, intitulada "La Leiteira" é muito conhecida na França, pois está estampada nas embalagens de produtos lácteos muito conhecidos por aqui.

Depois fomos ao museu Van Gogh e a fila estava imensa, mas por sorte o nosso passe também nos dava preferência na fila. A sua obra é imensa! Em 10 anos, ele pintou cerca de 2 mil telas!!! Sem contar os desenhos!
  
Um de seus famosos auto-retratos, uma das suas magníficas Iris (mesmo se os girassóis custam mais caro!), A casa Amarela e uma das pinturas que ele fez do pátio do hospital em que esteve internado um ano antes de morrer.

Tivemos sorte, pois havia uma exposição temporária sobre "Picasso em Paris 1900-1907", ou seja, o período em que ele chegou em Paris para a exposição universal de 1900 e o seu percurso de um jovem artista desconhecido de 19 anos que se tornou em poucos anos um mestre na sua arte e um dos principais artistas de seu tempo.


 Um de seus auto-retratos de juventude, uma de suas fotos mais conhecidas, mas já bem mais tarde, um quadro que retrata bem esse período de transição, e uma de suas obras que a gente nem imagina que é "Picasso", que mostra a noite parisiense do início do século.

Após fomos ao novo museu Hermitage, inaugurado em 2009, que acolhe exposiçães de obras de arte provenientes de museus russos. Uma sala é dedicada às relaçéoes entre a Holanda e a Russia, e mais estreitamente as relações entre esse museu e o Ermitage de São Petersbourgo. A exposição atual mostra uma forma particular de arte russa, que é a arte religiosa da igreja ortodoxa russa por mais de 10 séculos, com seus ícones. Mas como ultimamente visitei muitas exposições sobre essa tema, não consegui me consagrar muito, não é um tema que me prenda o interesse.


O tempo estava maravilhoso e aproveitamos muito, mas infelizmente um ponto negativo: no domingo houve um jogo de futebol entre o Ajax e alguma outra equipe, pelo que entendi o jogo nem foi lá, mas a cidade estava um caos!!! De manhã conseguimos pegar o tramway, mas chegando no centro, uma multidão de torcedores começaram a bater e subir no tram, o barulho lá dentro era ensurdecedor, impossível de avançar! Descemos e fizemos a maior parte do trajeto a pé! depois tinhamos que voltar ao hotel para recuperar nossa bagagem, os indicadores luminosos diziam que o trasporte chegaria, mas não chegava nunca! Marcava 1 munuto, depois 5, depois 10... 20 minutos esperando ali e nada... decidimos ir à pé e durante todo o trajeto nenhum trasporte, a multidão tinha ocupado os trilhos, a cidade suja, homens fazendo xixi em qualquer canto, cerveja e restos de comida em todos os cantos, gritaria, eles incomodavam os turistas, principalmente mulheres, e mesmo mais velhas! Vomitavam nas ruas, realmente horrível... Não sei se era um jogo realmente importante, como uma final de campeonato, ou se é sempre assim (no hotel nos disseram para tomarmos cuidado e não contarmos com transporte, pois era dia de jogo), mas da próxima vez tomaremos cuidado para não cair em um dia de jogo dessa equipe!

Gostou dessa experiência? veja como foi meu primeiro passeio em Amsderdam!



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